quarta-feira, 31 de março de 2010

Clipe do Dia nº 46



Tô indo pra Garopaba hoje, satisfazer aquela necessidade anual de ir pra Santa Catarina. E praia me lembra Jorge Ben...

E até domingo: posts programados!

Lembrei do caso Nardoni

Three million souls can be starved and murdered in the Congo, and our Argus-eyed media scarcely blink. When a princess dies in a car accident, however, a quarter of the Earth's population falls prostate with grief. Perhaps we are unable to feel what we must feel in order to change the world.
- Sam Harris

terça-feira, 30 de março de 2010

Clipe do Dia nº 45

Veja!

Tava tentando só colocar clipes que podem ser incorporados nas páginas, mas esse merece a exceção.

O Iluminado


Se tem alguma coisa que eu sou totalmente, 100%, irrestritamente conflituado é o sobrenatural. Na verdade, é meio idiota dizer isso, considerando que eu não acredito em absolutamente nada sobrenatural. Como odiar algo em que tu não acredita? Enfim, um efeito notável da minha descrença nas cousas além-da-matéria é que filmes de terror perdem quase que completamente a graça. Isso porque a maioria dos filmes de terror apela para o medo do sobrenatural: o diabo possuindo a menininha, a casa amaldiçoada que mata seus moradores, o vampiro que aterroriza a Europa oriental, o espírito do mal que assombra a floresta, etc, etc, etc. (Os alienígenas são um caso à parte, mas eles também não me metem muito medo, mas por razões diferentes.)

Acredito que a maioria das pessoas fica com medo só de saber que tem diabo, espírito ou monstro no filme: pra mim não faz diferença nenhuma. Na verdade, conta como ponto negativo: 'Mais um filme cagado de sobrenatural'. O que só aumenta o mérito de 'O Iluminado', o filme de terror mais SENSACIONAL de todos que eu já vi na vida. Revi ele hoje, e como toda obra de arte excepcionalmente boa, a experiência de rever é quase tão boa quanto a de ver pela primeira vez.

O cenário já é assustador: um hotel gigantesco com corredores intermináveis no meio do nada, isolado por 5 meses devido à neve nas estradas. Os enquadramentos longos do Kubrick, várias vezes seguindo os personagens caminhando pelo hotel ou sobrevoando o carro pela estrada são demais. O roteiro é um espetáculo: os personagens e a história são introduzidos ao espectador com precisão cirúrgica, dá pra acompanhar o que está se passando mas com aquela constante dúvida de 'o que está acontecendo realmente?'. E a atuação do Jack Nicholson é algo absurdo (por que será que os personagens loucos são os que rendem as melhores atuações?).

'O Iluminado' não teve nenhuma indicação ao Oscar ou ao Globo de Ouro, o que deixa evidente a credibilidade dessas premiações.

Bônus: trailer fanfarrão do filme.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Clipe do Dia nº 44



Certamente, uma das melhores músicas do mundo.

domingo, 28 de março de 2010

Clipe do Dia nº 43



Mantendo elevado o nível de auto-contradição do blog, depois de falar mal da esquerda e defender Israel, posto um vídeo do Rage Against The Machine. Musicalmente, eu acho a banda do caralho: mistura de rap com metal que deu certo. Politicamente, são uns farsantes: metidos a esquerdinha mas que assinaram contrato com a Sony. Eu sei que iria certo no show deles!

Pitaco político: esquerda e Israel

Se você não é de esquerda até os 25 anos, você não tem coração. Se você ainda é de esquerda quando chega aos 35 anos, você não tem cérebro.
- Adaptado de uma frase de François Guizot, erroneamente atribuída a Winston Churchill

  

Há um bom tempo atrás pechei com um site chamado Political Compass, cuja motivação é a idéia de que a tradicional divisão do espectro político em direita e esquerda é muito simplista. Por exemplo, Gandhi e Stalin são ambos considerados de esquerda, apesar de todas as diferenças evidentes entre os dois. Em substituição, eles propõem uma divisão por dois eixos. O eixo ecônomico vai da direita (nenhum controle do Estado sobre a economia) até a esquerda (controle total do Estado sobre a economia). E o eixo social vai do autoritário (tradição e autoridade mais importantes que as liberdades individuais) até o libertário (liberdades individuais mais importantes que tradição e autoridade). Eu sempre caio no 'esquerdista liberal'.

Apesar de todo o viés Europa-Estados Unidos do teste no site, eu não me supreendo com o 'liberal', porque com relação às liberdades individuais (legalização do aborto, da eutanásia, e das drogas; liberdade de culto religioso; liberdade de orientação sexual; etc...) eu SEMPRE acho que quanto mais, melhor. Mas o 'esquerda' eu fico meio assim, porque a esquerda (nos dias de hoje, e como é geralmente compreendida por todos) não é o tipo de movimento político com o qual eu tenha simpatia. Por exemplo, 'esquerda' no Brasil atual me soa como 'funcionários públicos defendendo seus privilégios'.

Outra coisa que me irrita na esquerda é a defesa de países e movimentos totalmente opressores e tiranos simplesmente porque estão em conflito com algum 'país poderoso'. Pensei sobre tudo isso lendo o livro 'The End of Faith' do filósofo Sam Harris. Ele cita a longa tradição do liberalism in denial (lembre que liberalismo nos países anglo-saxões é sinônimo de esquerda), que hoje em dia culpa Israel e os Estados Unidos pelo fenômeno do terrorismo islâmico e chega ao extremo de comparar os israelenses com os nazistas. Harris cita Dershowitz sobre Israel:

"Nenhuma outra nação na história encarando desafios comparáveis aderiu a um padrão de direitos humanos mais alto, foi mais sensível à segurança de civis inocentes, tentou com mais esforço operar sob a lei, ou tomou mais riscos em favor da paz."

E como Harris complementa: imagine se os palestinos teriam a mesma atitude com relação aos judeus, se a minoria sem poder fossem os judeus e a nação e exército poderosos fossem palestinos. Não ia sobrar um semita pra contar história.

Entre um país laico, desenvolvido e livre-pensador e outro que celebra terroristas suicidas, oprime as mulheres e promove a ignorância, eu sei qual deles eu prefiro.

sábado, 27 de março de 2010

Clipe do Dia nº 42



Aniversário do Aleja hoje. Em homenagem, uma das minhas concessões ao rock farofa dos anos 80 que ele curte: The Cult. Não bastava o Grêmio ganhar lá no Japão, aquela década maldita ainda produziu uma multidão de bandas e músicas ruins como nenhuma outra. Se salvaram da década maldita - que eu me lembro agora de cabeça: U2, REM, Iron Maiden, Metallica e o 'Thriller' do Michael Jackson.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Vincent



Ontem me dei conta que vi quase todos filmes que o Tim Burton já fez: 'Beetlejuice', 'Batman', 'Eduardo Mãos-de-Teosura', 'Batman - o Retorno', 'O Estranho Mundo de Jack', 'Ed Wood', 'Marte Ataca', 'O Cavaleiro Sem Cabeça', 'Planeta dos Macacos', 'Big Fish', 'A Noiva Cadáver', 'A Fantástica Fábrica de Chocolate'... A maioria é muito boa. E certamente irei ver o 'Alice' assim que sair.

'Vincent' foi o primeiro curta dele. Quem já leu Edgar Allan Poe percebe claramente a influência animal sobre o trabalho do Burton.

Clipe do Dia n° 41



Eu fiquei tão saturado e enraivecido com 'Anna Julia' que precisaram passar uns cinco anos do lançamento do 1° disco do Los Hermanos pra eu dar uma chance pras outras músicas da banda. Bom, fiquei viciado no 'Ventura' um bom tempo, e depois no 'Bloco do Eu Sozinho'. Só depois fui me voltar pro 1° disco, que apesar de bem diferente dos outros dois (bem mais punk rock hardcore) é tri bom também. O '4' que saiu depois eu achei bem chato. Infelizmente, nunca fui num show deles.

E hoje em dia até gosto da 'Anna Julia'...

quinta-feira, 25 de março de 2010

Clipe do Dia n° 40



Superguidis: rock 'n' roll from Guaíba! Vale muito a pena acompanhar as bandas locais porque tu tens várias chances de ir nos shows. Domingo agora fui no show do Pública, que tá se mandando pra São Paulo mês que vem. Além dessas duas, ainda tem a Pata de Elefante e a Walverdes. Long live rock!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Clipe do Dia nº 39



Grunge! Curto pra caralho Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden, Temple of The Dog, Mad Season, Stone Temple Pilots, Mudhoney...

Esse acústico do Alice in Chains foi minha trilha sonora pra escrever o TCC há já longínquos dois anos atrás...

terça-feira, 23 de março de 2010

O cara tussiu!



Totalmente idiota: me finei rindo!

Mistérios da alma feminina


"Esse salto tá me matando!" Pra quê usar então?

Afinal, um Allstar, uma Melissa ou uma sandália hippie fica MUITO mais legal.

Clipe do Dia n° 38



Do Steely Dan, só sei que era uma banda que fez sucesso nos anos 70 e que fez essa música que eu gosto.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Tempo

Eram palavras tantas vezes repetidas, como fórmula garantida para preencher silêncios nas conversas entre pessoas que não se conheciam bem...
-Ismail Kadaré (sobre falar do tempo)


A grande experiência comum da espécie humana, que permite manter uma conversação casual com desde o presidente da multinacional até o cara mais humilde, é o tempo. Salvação quando tu te vês num elevador, obrigado a compartilhar aqueles dez ou vinte segundos com um vizinho sobre o qual a única informação que tu tens é que ele mora no quinto andar. Geralmente, o porteiro é a pessoa com quem tu mais pratica a 'arte de preencher os silêncios'. Se o porteiro gostar de futebol, aí ao menos o leque de assuntos se amplia pra dois: "Será que o Colorado vai de três zagueiros amanhã?". Alguns outros assuntos também podem ser atacados, dependendo do contexto. Por exemplo, ao chegar de uma viagem dá pra lançar mão de informações triviais como quanto tempo tu levaste pra chegar ao destino, se as estradas estavam engarrafadas, se o avião atrasou, etc... "A Freeway tava insuportavelmente cheia: levei quatro horas pra vir do litoral". Falar de pessoas conhecidas em comum - as common acquaintances - é outra velha estratégia: "E o Zé? Nunca mais vi ele desde o colégio. Tens falado com ele?" Desafio maior é a viagem de ônibus ao lado daquela pessoa com quem tu tenhas um grau de intimidade exatamente naquela faixa na qual não falar nada fica chato, mas que também faltam assuntos para preencher um 'enorme' período de meia hora. O Alemão disse que nessa situação pega um artigo de dentro da mochila pra ler e se desculpa: "É que preciso ler isso pra amanhã..."

Como escreveu maldosamente o fodástico Douglas Adams, existe uma teoria alienígena de que os seres humanos devem constantemente emitir sons pelas suas bocas para evitar que tenham que usar seus cérebros. Eu sempre pensei que um nítido sinal de intimidade entre duas pessoas é exatamente quando o silêncio deixa de ser um incômodo.

Eventualmente a barreira dos assuntos triviais é ultrapassada, e do outro lado tu encontras um amigo - 'a família que a gente escolhe'. Aí o silêncio e a conversa se alternam com fluidez e naturalidade.

Mas até lá... Será que chove hoje?

Apologia à preguiça


Disse a Morena: "Adoro não fazer o que eu tenho que fazer."

E disse o Judeu: "Sabe por que a gente deixa tudo pra última hora? Porque sempre dá certo."

Assino embaixo.

Clipe do Dia nº 37



Infelizmente, essa música não tem clipe. Mas vai assim mesmo pra ilustrar a cena...

Eu e a Morena dançando enlouquecidos na pista do Cabaret, e nossas duas mãos juntas batem na cabeça de uma guria desconhecida que estava do nosso lado. Ela - bem louca como nós - protesta: 'Ai!'. A Morena já se adianta e aplica a mesma desculpa pela segunda ou terceira vez: 'Desculpa, nosso amor é violento'. Mas essa guria parece não se contentar com uma mera desculpa, e exige mais... Com aquela falta de noção que o álcool é campeão em nos causar, vou lá e dou o requisitado beijo na bochecha da dita cuja. Sob a benção da Morena, é claro. A guria fica feliz e nós continuamos a dançar. Pra constar nos autos, a guria não era 'plasticamente' bonita.

E além disso, teve a Xuamba tocando terror na festa e a Palomita bem doida. Isso é o que eu chamo de comemoração de Mestrado!

domingo, 21 de março de 2010

Clipe do Dia nº 36



Festa de rap e restaurante mexicano. Em homenagem: rap mexicano!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Clipe do Dia nº 35



Master! Master! Just call my name 'cause I'll hear your scream! Master! Master!

Dia de virar mestre


Mestre? Uaaaalaaaaarrrrr!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Clipe do Dia nº 34



Essa não foi dica do Alemão. Descobri na época do saudoso Napster, quando eu estava baixando e pesquisando furiosamente bandas de punk rock. E Weezer, aparentemente, tem alguma relação com punk rock. Por favor, ignorem a propaganda de outra banda no início do clipe (maldita publicidade).

quarta-feira, 17 de março de 2010

Um dragão vive na minha garagem.

 - Um dragão que cospe fogo pelas ventas vive na minha garagem.
Suponhamos que eu lhe faça seriamente essa afirmação. Com certeza você iria querer verificá-la  por si mesmo. São inumeráveis as histórias de dragões no decorrer dos séculos, mas não há evidências reais. Que oportunidade!
- Mostre-me - você diz. Eu o levo até minha garagem. Você olha para dentro e vê uma escada de mão, latas de tinta vazias, um velho triciclo, mas nada de dragão.
- Onde está o dragão? - você pergunta.
- Oh, está ali - respondo, acenando vagamente. Esqueci de lhe dizer que é um dragão invisível.
Você propõe espalhar farinha no chão da garagem para tornar visíveis as pegadas do dragão.
- Boa idéia - digo eu - mas esse dragão flutua no ar.
Então você quer usar um sensor infravermelho para detectar o fogo invisível.
- Boa idéia, mas o fogo invisível é também desprovido de calor.
Você quer borrifar o dragão com tinta para torná-lo visível.
- Boa idéia, só que é um dragão incorpóreo e a tinta não vai aderir.
E assim por diante. Eu me oponho a todo teste físico que você propõe com uma explicação especial de por que não vai funcionar.
Ora, qual é a diferença entre um dragão invisível, incorpóreo, flutuante, que cospe fogo atérmico, e um dragão inexistente? Se não há como refutar a minha afirmação, se nenhum experimento concebido vale contra ela, o que significa dizer que o meu dragão existe? A sua incapacidade de invalidar a minha hipótese não é absolutamente a mesma coisa que provar a veracidade dela. Alegações que não podem ser testadas, afirmações imunes a refutações não possuem caráter verídico, seja qual for o valor que possam ter por nos inspirar ou estimular nosso sentimento de admiração. O que estou pedindo a você é tão-somente que, em face da ausência de evidências, acredite na minha palavra.
A única coisa que você realmente descobriu com a minha insistência de que há um dragão na minha garagem é que algo estranho está se passando na minha mente. Você se perguntaria, já que nenhum teste físico se aplica, o que me fez acreditar nisso. A possibilidade de que foi sonho ou alucinação passaria certamente pela sua cabeça. Mas, nesse caso, por que eu levo a história tão a sério? Talvez eu precise de ajuda. Pelo menos, talvez eu tenha subestimado seriamente a falibilidade humana.
Apesar de nenhum dos testes ter funcionado, imagine que você queira ser escrupulosamente liberal. Você não rejeita de imediato a noção de que há um dragão que cospe fogo na minha garagem. Apenas deixa a idéia cozinhando em banho-maria. As evidências presentes são fortemente contrárias à ela, mas, se surgirem novos dados, você está pronto a examiná-los para ver se são convincentes. Decerto não é correto de minha parte ficar ofendido por não acreditarem em mim; ou criticá-lo por ser chato ou sem imaginação - só porque você apresentou o veredicto escocês de "não comprovado".
Imagine que as coisas tivessem acontecido de outra maneira. O dragão é invisível, certo, mas aparecem pegadas na farinha enquanto você observa. O seu detector infravermelho lê dados fora da escala. A tinta borrifada revela um espinhaço dentado oscilando à sua frente. Por mais cético que você pudesse ser a respeito da existência dos dragões - ainda mais dragões invisíveis - teria de reconhecer que existe alguma coisa no ar, e que de forma preliminar ela é compatível com um dragão invisível que cospe fogo pelas ventas.
Agora outro roteiro: vamos supor que não seja apenas eu. Vamos supor que vários conhecidos seus, inclusive pessoas que você tem certeza de que não se conheceram, lhe dizem que há dragões nas suas garagens - mas, em todos os casos, a evidência é enlouquecedoramente impalpável. Todos nós admitimos nossa perturbação quando ficamos tomados por uma convicção tão estranha e tão mal sustentada pela evidência física. Nenhum de nós é lunático. Especulamos sobre o que isso significaria, caso dragões invisíveis estivessem realmente se escondendo nas garagens em todo o mundo, e nós, humanos, só agora estivéssemos percebendo. Eu gostaria de que não fosse verdade, acredite. Mas talvez todos aqueles mitos europeus e chineses sobre dragões não fossem mitos afinal...
Motivo de satisfação, algumas pegadas compatíveis com o tamanho de um dragão são agora noticiadas. Mas elas nunca surgem quando um cético está observando. Outra explicação se apresenta: sob exame cuidadoso, parece claro que podem ter sido simuladas. Outro crente nos dragões aparece com um dedo queimado e atribui a queimadura a uma rara manifestação física do sopro ardente do animal. Porém, mais uma vez, existem outras possibilidades. Sabemos que há várias maneiras de queimar os dedos além do sopro de dragões invisíveis. Essa "evidência" - por mais importante que seja para os defensores da existência do dragão - está longe de ser convincente. De novo, a única abordagem sensata é rejeitar em princípio a hipótese do dragão, manter-se receptivo a futuros dados físicos e perguntar-se qual poderia ser a razão para tantas pessoas aparentemente normais e sensatas partilharem a mesma ilusão estranha.

Carl Sagan

Clipe do Dia nº 33



Baixei a discografia do Pavement ano passado e fiquei de cara como eu não conhecia essa banda antes.

School of Rock



Tem algumas dessas comédias hollywoodianas recentes que acertam no alvo: 'O Virgem de 40 Anos', 'Superbad' e 'Escola do Rock' são os melhores exemplos. O Jack Black então é um gordinho maroto e roqueiro ainda por cima, conseguiu fazer um filme totalmente excelente. Não duvido que uma piazada tenha começado a curtir rock por causa desse filme. O clipe do Tenacious D é demais também (com participação especial de Dave Grohl, um dos Midas da música).

Away!



Away de Petrópolis: ator, cover de James Brown, mindingo.

terça-feira, 16 de março de 2010

Clipe do Dia nº 32



Eu achava, e ainda acho, que é melhor que Strokes.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Eu prefiro assim:


Aproximou-se pois dela e disse, em tom de comedimento, Venho pedir-te desculpa, se te pareci insolente e enfatuado ontem à noite, nunca foi minha intenção faltar-te ao respeito, mas sabes como são as coisas, palavra traz palavra, as boas puxam as más, e acabamos sempre por dizer (e fazer) mais do que queriamos.

Clipe do Dia º 31



Dica da Morena. :)

domingo, 14 de março de 2010

Clipe do Dia nº 30



Na época que o Strokes tava mais estourado, eu tava no primeiro ano da Biologia. Eu tinha um certo conflito com eles. Essa semana resolvi baixar os três discos deles, e o conflito foi definitivamente desfeito. O primeiro disco é o melhor, mas essa música do terceiro disco é a mais de todas. Pena que não dá pra incorporar o clipe oficial, que é muito bom.

Cascata do Garapiá


Fica em Maquiné. Eu nunca tinha ido. Lindo demais.

sábado, 13 de março de 2010

Clipe do Dia nº 29



MC5! Banda de Detroit contemporânea do Stooges, e que teve duração curta: de 1964 a 1972 e lançando três discos apenas. Eles eram de extrema esquerda naquela época em que a esquerda parecia valer a pena. Descobri por causa do Nick Royale do Hellacopters, que curte às ganhas e de vez em quando usa um boné com o logo da banda. Depois li sobre eles no 'Mate-me, Por Favor', que é sensacional.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Paradoxo de Epícuro


Deus deseja prevenir o mal, mas é incapaz?
Então Ele não é onipotente.
Ele é capaz, mas não o quer?
Então Ele é malevolente.
Ele é capaz e o quer?
Então como existe o mal?
Ele não é capaz e nem o quer?
Então por que chamá-lo Deus?

- Epícuro, filósofo grego (341–270 a.C.)

Clipe do Dia nº 28



Paulinho da Viola, o mestre da elegância. Herdeiro direto de Cartola e Noel Rosa na boa prática do samba bonito. Até Deus sabe disso...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Reggae roots


Pizza, água, Absolut, Eisenbahn Weissbier, Stella Artois, Antarctica, ismylife, Polar, McDonald's, água, água, água, cama.

Excelente.

Clipe do Dia nº 27



Mais uma dica do Alemão, que fica me dando as 'morta' desses rocks modernos.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Ficções


Depois de tanta propaganda favorável vinda de fontes confiáveis, como o Luís Augusto Fischer e o Judeu, ano passado resolvi finalmente dar uma chance ao Borges. Já tinha lido alguns trechos d'O Livro dos Seres Imaginários', e fiquei com uma dúvida se valia a pena o esforço. Fiquei folheando os livros dele mais de uma vez nas livrarias, e me faltava uma motivação. Ela veio. Não sei de onde, talvez eu tenha cansado daquele nome que de quando em quando voltava à minha mente, talvez tenha sido a simpatia pelas coisas argentinas... Não sei.

Comprei o 'Ficções', lançando mão daquela velha tática de começar a ler um autor pelo seu livro mais conhecido. Resultado: acabei comprando todos os cinco livros de contos dele num período de um ou dois meses. Terminava um, e já queria o próximo. O cara tem um estilo de escrever que parece que é tudo verdade, que não se trata duma história inventada. Fica a impressão de que ele simplesmente está te contando um ocorrido. Demais.

Também fiquei a fim de ler o 'Mil e Uma Noites', de tanto que ele cita.

Clipe do Dia nº 26



Chico todo tímido e o Caetano pirando. Clássico.

Como é bem comum de acontecer, os dois viraram uns chatos hoje em dia. (Legal é o senhor, responderia o Gringo.) Mas já tive essa discussão várias vezes com a gurizada: como o tempo faz mal pra certos artistas. Existe algo na juventude, não sei explicar, uma certa rebeldia inconseqüente, uma genialidade bruta e ainda não lapidada pelas manhas que se vai adquirindo com o tempo. Tem artista que 'gasta' e vira um eterno esboço do maluco que era quando jovem. Até viram melhores músicos no aspecto técnico, mas não emocionam mais. Sempre me vêm à mente o Pete Townsend e o Mick Jagger...

terça-feira, 9 de março de 2010

Peace and love!

 

Ela é a paz da minha guerra.

Clipe do Dia nº 25



Meus avós sempre ouviam músicas gauchescas no carro e em casa. Eu adorava ir na fazenda do meu vô quando era piá (quero ir de novo, mas sempre falta tempo). Minuano, quero-quero, bumbo legüero e acordeona faziam o som do pampa. A Expointer era uma festa. E coisa bem boa uma água quente de erva buena, pra matear em silêncio. O churrasco é simplesmente imbatível como a melhor comida do mundo. (Como eu sempre digo, sou um vegetariano frustado. Os argumentos éticos me convencem, mas como resistir ao delicioso cheiro de músculos e gordura queimando sobre uma brasa quente?) Lembro que pra várias coisas eu sentia mais afinidade com os argentinos do que com os centro-brasileiros quando morei lá nos Estados Unidos.

Por outro lado, acho meio patético o movimento 'tradicionalista', que inventou uma 'tradição' há 60 anos atrás e todo ano comemora uma derrota... vai entender. Me recuso a cantar o Hino Rio-Grandense nos estádios de futebol, coisa que virou moda nos últimos anos. Eu me sinto mais brasileiro do que gaúcho. Sou contra esses xenofobismos bestas. Ainda assim, gosto das coisas gaudérias (efeito nostalgia?).

PS: Notem a faixa na testa ao 'estilo Cibele' do nosso querido Leopoldo Rassier.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dos diálogos perdidos

Saindo do Guion depois de um filme horrível, três negões conversando:
- Não gosto de judeu, não gosto de gringo, não gosto de amarelo, não gosto de viado.
- Vai me dizer que tu não gosta de preto também?
E o terceiro se adianta:
- De preto, não. Mas das pretinha...

Clipe do Dia nº 24



Muddy Waters mandava ver... Lembra muito a casa do meu pai.

domingo, 7 de março de 2010

Domingo



Domingo estranho. Caminhando. Pensando no contínuo cabo-de-guerra. Um campeonato de cabo-de-guerra, com rodada toda semana: o puxão de um lado tendo que ser contraposto por um puxão do outro? Não sei. Talvez. Guri novo é mais fácil de dominar... Um cachorro é mais fácil de dominar. Um débil mental é mais fácil de dominar. O desafio é mandar? O amor não conheceu verdadeiramente a democracia. É preciso arranjar um homem-cordeiro. Boa sorte. Mulher calma não dá tesão... disse ele. Pode ser. Acho que sim. Mas dá muito mais trabalho. Tipo o Arturo Bandini e a sua mexicana: quem ama bate. Há que se aguentar os socos nos rins sem demonstrar dor. No pain, no gain... they also say. É verdade. Nem sempre, mas na maioria das vezes. Que foda. E agora? É igual a um vício: os maiores prazeres ao custo das maiores dores. A vida virando uma montanha-russa. O vício em endorfina, anfetamina, heroína mulher-maravilha. Não tenho muita escolha, já tô rendido. Aqui ninguém se rende! É preciso lutar? Onde estão as armas? Nous entrerons dans la carrière... ils chantent. E sigo me deparando com protocolos e barreiras, expostos por frases tão compreensíveis quanto as de um sociólogo francês. Mas vou derrubar todos que valem a pena ser derrubados. Deixa pra mim que eu sou canhoto. ¿Cuál será la diferencia entre tener paciencia para nada y perder el tiempo? ...él dijo. Acho que ela não vai ligar. Também sei ser orgulhoso. Não sei se eu quero ser tão orgulhoso. Não sei se puxo ou alivio a corda.

Que saudade.

Clipe do Dia nº 23



Não foi o Gringo que me mostrou essa música: acho que foi o Gordito, que dizia que era o 'Hino de Derrubar Calcinha'. Mas reconheço que o Gringo era quem fazia mais propaganda da ALO. Eu comecei a gostar de Jack Johnson em 2006, com aquele disco sensacional da capa linda que tem um perfil negro de uma árvore sobre um fundo amarelo, o 'In Between Dreams'. Depois fui descobrindo os associated acts Animal Liberation Orchestra, Ben Harper, Donavon Frankenreiter, etc... Todos bons. Músicas tranquilas para ser feliz.

sábado, 6 de março de 2010

Trago

 

Cara, que trago ontem.

Drinking is an emotional thing. It joggles you out of everyday life, out of everything being the same. It yanks you out of your body and your mind and throws you against the wall. I have the feeling that drinking is a form of suicide where you're allowed to return to life and begin all over the next day. It's like killing yourself, and then you're reborn. I guess I've lived about ten or fifteen thousand lives now.
- Charles Bukowski

Clipe do Dia nº 22



Poucas bandas conseguem se manter no mainstream e continuarem boas. Aí está o exemplo notório de como é possível fazer isso...

E eu, bem ratão, não fui no show deles aqui em Porto Alegre em 2002.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Clipe do Dia n° 21



Soon she's down the stairs
Her morning elegance she wears
The sound of water makes her dream
Awoken by a cloud of steam
She pours a daydream in a cup
A spoon of sugar sweetens up


Ok, quem desceu as escadas fui eu... mas a elegância matinal era toda dela. Só sei que a vida virou um videoclipe hoje.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Asterix

 

Uma época que meu vô trabalhava no Rio e vinha todo fim-de-semana pra Porto Alegre, eu já sabia que sexta-feira era dia de ler Asterix. Meu vô comprava no aeroporto, provavelmente vinha lendo no avião e quando chegava aqui me dava o álbum.

Fora os desenhos do Albert Uderzo que são totalmente excelentes, as histórias do René Goscinny eram hilárias. No clássico estilo francês, exaltava a bravura e astúcia dos gauleses ao mesmo tempo em que debochava dos tapados do Império (os romanos da época, que seriam o equivalente dos ianques na atualidade). De vez em quando, eu pego um pra reler e nunca me decepciono. Minto, da década de 90 em diante o Uderzo (que faz sozinho desde que o Goscinny morreu em 1977) perdeu a mão e nunca mais fez um álbum bom.

Os filmes em animação também eram muito bons. Sempre me lembro da cena da repartição pública quando tenho aqueles encontros imediatos com a burocracia (link em espanhol, não achei em português).

Esses romanos são loucos!

Clipe do Dia nº 20



Outra dica do Alemão. Banda espetacular!

Sobrevivi!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Clipe do Dia nº 19



Quando eu tava no 1º grau, e comecei a me interessar de verdade por música eu gostava de rap. Aí comecei a gostar de Planet Hemp também, que misturava um rap com rock e hardcore e serviu como um certo tipo de transição. Minha vida mudou quando o Matheus (Borrão) trouxe o 'Smash' do Offspring pra gente escutar na minha casa. Daquele dia em diante, punk rock era só o que eu escutava. Principalmente punk rock dos anos 90: NOFX, Pennywise, No Fun At All, Less Than Jake, AFI, Ataris, Face to Face, Lagwagon, Blink 182, Goldfinger, Green Day, Bad Religion (esse é um pouco mais antigo na verdade, mas tiveram a fase áurea nos anos 90), o próprio Offspring, etc, etc, etc...

Tive o prazer de ir no show de várias dessas bandas, que não se mixam de vir pra cá pro sul de um país subdesenvolvido e fazer um show por no máximo 60 pila e que quebra tudo. Pode ser o efeito nostalgia (aquele que faz tu amar as coisas da tua infância e adolescência), mas os shows de punk rock são os mais afudê de todos. Lembra um pouco jogo de futebol, no sentido de que é um monte de guri tudo pilhado pelo mesmo motivo. Lembra um pouco aquela lanchonete roots que serve comida boa, porque são shows sem frescura, sem cenografia elaborada, sem show de luzes e fogos de artíficio: afinal o que importa é a música. O resto é perfumaria.

Além disso, as rodas punk permitem uma mobilidade que tu não vê em nenhum show de rock 'tradicional' (quem foi na pista do AC/DC sabe do que eu tô falando): dá pra ir no banheiro, voltar, chegar num canto pra amarrar o tênis, colar lá na frente do palco dum lado, dar uma conferida no palco pelo outro lado, pegar uma ceva no bar, e tudo na tranquilidade. E as rodas punk são muito 'bróder': se alguém cai, logo vem alguém ajudar a levantar. E claro que também tem a endorfina, porque tu fica se quebrando o show inteiro e no final sai todo suado, exausto e estupidamente feliz.

Hoje eu vou me quebrar... Catarse!

É hoje!

 

Eu lembro que nos primórdios da Internet na minha casa, eu baixei o Winamp (que eu uso até hoje, porque Windows Media Player é um lixo) e três, sim, três arquivos mp3. Eram eles: 'Stayin' Alive' do Bee Gees, 'Highway to Hell' do AC/DC e 'Drugs are Good' do NOFX. Não imaginava que duas das três iriam entrar na minha lista de bandas favoritas.

Só três porque eles eram muito grandes e levavam horas pra baixar... Que beleza o avanço da tecnologia: hoje eu tenho mais de 10 mil arquivos mp3 no meu computador. Os mais recentes são do último disco do Black Rebel Motorcycle Club, que é demais.

terça-feira, 2 de março de 2010

Ah, o trago



É a revolta.

Clipe do Dia nº 18



Samba? Ué, se for bom.

Dei afeto! Dei afeto e carinho...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Salvem o planeta?



A opinião geral é de que biólogo tem que ser uma pessoa que gosta de bichinhos, dá um dedo pra poder acampar num fim de mundo bem longe da civilização, adora reciclagem, odeia copos de plástico, defende com unhas e dentes a preservação da Amazônia e do peixe-boi, e abomina com todas suas forças os grandes males do mundo moderno: petróleo, transgênicos e agrotóxicos. A verdade é que eu não acho nada disso. Gosto da cidade, acho que só mais e não menos tecnologia vai nos salvar, bebo cerveja em copo de plástico, um dia ainda vou fazer um transgênico e se o mico leão-dourado for extinto, sem problemas: uma dia nós também vamos ser.

We don't have to save the world. The world is big enough to look after itself. What we have to be concerned about is whether or not the world we live in will be capable of sustaining us in it.
-Douglas Adams

As Cidades Invisíveis

 

Ítalo Calvino foi dica do Judeu, que me emprestou primeiro 'O Cavaleiro Inexistente' e depois 'Se um Viajante Numa Noite de Inverno'. O primeiro me lembrou 'O Incrível Exército de Brancaleone': comédia medieval italiana totalmente debochada. O último é uma pira das mais loucas, um romance 'em segunda pessoa' no qual o personagem principal é o próprio leitor. O início do livro é espetacular (quando forem numa livraria leiam a primeira parte!), depois eu achei que perdeu o pique comparado com o início e nem li até o final.

Acabei comprando depois de um tempo 'As Cidades Invisíveis', que eu já tinha ouvido falar por causa de alguns professores da arquitetura. A 'história' do livro é o viajante Marco Polo descrevendo a Kublai Kahn as cidades do império conquistado por ele. Na verdade, o livro consiste de pequenos textos - cada um sobre uma cidade - entremeados com alguns trechos dos diálogos entre o veneziano e o mongol. As cidades são fantásticas e envolvem diversas simbologias e alegorias muito boas. É um livro de prosa quase poético, e o que eu mais gostei do Calvino até agora.

Depois de marchar por sete dias através das matas, quem vai a Bauci não percebe que já chegou. As finas andas que se elevam do solo a grande distância uma da outra e que se perdem acima das nuvens sustentam a cidade. Sobe-se por escadas. Os habitantes raramente são vistos em terra: têm todo o necessário lá em cima e preferem não descer. Nenhuma parte da cidade toca o solo exceto as longas pernas de flamingo nas quais ela se apóia, e, nos dias luminosos, uma sombra diáfana e angulosa que se reflete na folhagem.
Há três hipóteses a respeitos dos habitantes de Bauci: que odeiam a terra; que a respeitam a ponto de evitar qualquer contato; que a amam da forma como era antes de existirem e com binóculos e telescópios apontados para a baixo não se cansam de examiná-la, folha por folha, pedra por pedra, formiga por formiga, contemplando, fascinados, a própria ausência.

Clipe do Dia nº 17



Banda californiana formada em 1988 que só lançou três discos antes do vocalista morrer de overdose de heróina em 1996. Todo mundo conhece "Santeria", mas na real os três discos deles valem muito. É daquele tipo de banda que toca músicas de vários estilos diferentes (tipo Planet Hemp e Ultramen): reggae, ska, acústico, punk rock, rap, etc... Descobri na época que eu só escutava punk rock porque eles têm umas músicas que misturam ska com punk que são muito boas ("Ebin" e "Seed", por exemplo).

Meu primo depois de morar lá voltou dizendo que Red Hot Chilli Peppers e Sublime são a cara da Califórnia. E a Califórnia é demais. Quando tu volta pro Brasil bate aquela depressão: caralho, falta muito pra gente chegar naquele nível. Mas como nada é perfeito, eles não permitem beber cerveja na rua e nem é permitida a venda de álcool depois da 1 ou 2 da madrugada, dependendo do condado. Uma noite eu tava bebendo numa sinuca em San Francisco, e quando tava chegando perto da uma hora a garçonete avisou que ia ter que tirar nossa ceva daqui uns minutos senão eles podiam levar uma multa. Deixamos a cerveja pra trás, e enquanto pagávamos e bateu uma hora exata no relógio chega um carro da polícia pra conferir se realmente não tinha ninguém bebendo. Malditos tiras.