segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Um ano


O primeiro.

Clipe do Dia nº 214



As duas nasceram em Porto Alegre, têm vozes hipnotizantes, queriam estudar piano, acham que as coisas não acabam aqui, são gremistas, acham que estão ficando melhores com o tempo (eu também acho).




Sou fã das duas. Mais da Morena.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Fanatismo



Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!"

- Florbela Espanca

Clipe do Dia nº 213



A melhor do novo disco do Jamiroquai.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Raciocínios Etílicos


Meu sonho de consumo, eu sabia agora, era a liberdade. O ser humano se caracteriza, na verdade, por uma grande estupidez. Ele só descobre que um bem é fundamental quando deixa de possuí-lo. Preso naquele porão, eu descobria que a liberdade mais importante que existia era a liberdade de ir e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras liberdades, preso no porão - de pensar, de xingar meus captores, de ter uma religião (caso quisesse uma), de escolher minhas convicções políticas. Tinha liberdade de sonhar. Mas de que adiantava isso, se estava preso dentro de um porão?

Rashomon


Primeiro filme japonês que eu posso dizer: gostei, e gostei muito. Já tinha visto 'Sonhos', também do Akira Kurosawa, que apesar de muito bom, eram nove pequenas histórias independentes (bem surreais, por sinal). Agora esse 'Rashomon' de 1950 é uma obra-prima. O filme começa em um templo onde um lenhador e um padre observam a chuva com cara de estupefatos. Um terceiro homem chega para se proteger da chuva e pergunta a eles qual o problema. Bom, a partir daí começa uma série de flashbacks que contam o mesmo evento de pontos de vista diferentes. Muito diferentes. Sensacional. Uma hora e meia de cinema de verdade.

Clipe do Dia nº 212



Lá de Goiânia.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Robert G. Ingersoll


When I became convinced that the universe is natural—that all the ghosts and gods are myths, there entered into my brain, into my soul, into every drop of my blood, the sense, the feeling, the joy of freedom.
The walls of my prison crumbled and fell, the dungeon was flooded with light and all the bolts and bars and manacles became dust. I was no longer a servant, a serf or a slave. There was for me no master in all the world—not even infinite space.
I was free. Free to think, to express my thoughts. Free to live my own ideal. Free to live for myself and those I loved. Free to use all my faculties, all my senses. Free to spread imagination’s wings. Free to investigate, to guess and dream and hope. Free to judge and determine for myself. Free to reject all ignorant and cruel creeds, all the “inspired” books that savages have produced, and all the barbarous legends of the past. Free from popes and priests. Free from all the “called” and “set apart.” Free from sanctified mistakes and “holy” lies. Free from the winged monsters of the night. Free from devils, ghosts and gods.
For the first time I was free. There were no prohibited places in all the realms of thought, no air, no space, where fancy could not spread her painted wings, no claims for my limbs, no lashes for my back, no fires for my flesh, no following another’s steps, no need to bow, or cringe, or crawl, or utter lying words. I was free. I stood erect and fearlessly, joyously, faced all worlds.
And then my heart was filled with gratitude, with thankfulness, and went out in love to all the heroes, the thinkers, who gave their lives for the liberty of hand and brain, for the freedom of labor and thought, to those who fell on the fierce fields of war, to those who died in dungeons bound with chains, to those who proudly mounted scaffold’s stairs, to those by fire consumed, to all the wise, the good, the brave of every land, whose thoughts and deeds have given freedom to the sons and daughters of men and women. And then I vowed to grasp the torch that they have held, and hold it high, that light may conquer darkness still.


- Robert Green Ingersoll (1833–1899)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Clipe do Dia nº 211



Aprendi a gostar por causa da minha vó, escutando por tabela.

sábado, 22 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Clipe do Dia nº 208



Ramones. Precisa dizer mais?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Discos da Vida: Smash


O disco que me fez gostar de rock. Só isso já seria mérito suficiente: fazer alguém, qualquer um, gostar de rock. Contudo, esse também é o disco independente mais vendido de todos os tempos... 12 milhões de cópias. De maneira semelhante a muitas bandas, o primeiro disco do Offspring era bem toscão roots e a cada disco seguinte eles foram ficando cada vez mais pop, salvo uma que outra recaída pro rock mais bruto. E, mesmo que eu seja fã da banda e goste de quase tudo que eles fizeram, acredito que o 'Ignition' de 1993 e o 'Smash' de 1994 são o melhor equilíbrio entre o punk rock e o pop que eles atingiram.

Praticamente todas músicas são punk rock diretaço, fora 'What Happened To You' que é um ska. A única que não é deles, é 'Killboy Powerhead': um cover da banda The Didjits. Nem vale a pena ficar listando quais são as melhores músicas do disco: todas são melhores.

Clipe do Dia nº 207



Uma música clássica de uma disco clássico de uma banda clássica.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Clipe do dia nº 206



'The Night They Drove Old Dixie Down', by The Band.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

God is not Great



Permanecem quatro objeções irredutíveis à fé religiosa: (1) ela representa de forma inteiramente equivocada a origem do homem e do cosmos; (2) por causa de seu erro original ela consegue combinar o máximo de servidão com o máximo de solipsismo; (3) ela é ao mesmo tempo resultado e causa de uma perigosa repressão sexual; (4) e ela, em suma, se baseia em pensamento positivo.
Não acho que seja arrogância minha dizer que já tinha descoberto essas quatro objeções (assim como percebido o fato mais vulgar e óbvio de que a religião é utilizada por aqueles em postos temporais para adquirir autoridade) antes de mudar de voz. Eu tenho a certeza moral de que milhões de outras pessoas chegaram a conclusões semelhantes basicamente da mesma forma, e em dezenas de países diferentes. Muitas delas nunca acreditaram, e muitas delas abandonaram a fé depois de uma luta difícil. Algumas delas tiveram ofuscantes momentos de falta de convicção que foram tão instantâneos, embora talvez menos epiléticos e apocalípticos (e posteriormente mais racional e moralmente justificados), quanto o de Saulo de Tarso na estrada para Damasco. E esse é o ponto – sobre mim e os que pensam como eu. Nossa crença não é uma crença. Nossos princípios não são uma fé. Nós não nos baseamos unicamente na ciência e na razão, porque esses são fatores mais necessários que suficientes, mas desconfiamos de tudo o que contradiga a ciência ou afronte a razão. Podemos diferir em muitas coisas, mas respeitamos a livre investigação, a mente aberta e a busca do valor das idéias. Não sustentamos nossas convicções de forma dogmática: a divergência entre o professor Stephen Jay Gould e o professor Richard Dawkins acerca da “evolução pontual” e das lacunas na teoria pós-darwinista é bastante grande e igualmente profunda, mas iremos solucioná-la com base nas provas e no raciocínio, não por excomunhão mútua. (...) Não somos imunes à sedução do encanto, do mistério e do assombro: temos a música, a arte e a literatura, e achamos que os sérios dilemas éticos são mais bem abordados por Shakespeare, Tolstoi, Schiller, Dostoievski e George Eliot do que pelas histórias morais míticas dos livros sagrados. É a literatura, e não as Escrituras, que sustenta a mente e – como não há outra metáfora – também a alma. Não acreditamos em céu ou inferno, mas nenhuma estatística irá revelar que sem essas promessas e ameaças nós cometemos menos crimes de ganância e violência que os fiéis. (Na verdade, caso pudesse ser feita uma correta pesquisa estatística, tenho certeza de que ela indicaria o contrário.) Estamos resignados a viver apenas uma vez, a não ser por intermédio de nossos filhos, para os quais estamos muito felizes de perceber que devemos abrir caminho e ceder lugar. Nós especulamos que seria pelo menos possível que, assim que as pessoas aceitassem o fato de que suas vidas são curtas e duras, se comportassem melhor com os outros, e não pior. Acreditamos com grande dose de certeza que é possível levar uma vida ética sem religião. E acreditamos devido a um fato que o corolário demonstra ser verdade – que a religião fez com que incontáveis pessoas não apenas não se comportassem melhor do que outras, mas concedeu a elas a permissão de se comportarem de modos que fariam ruborizar um proxeneta ou um defensor da limpeza étnica.


Trecho do livro 'Deus não é Grande' (p. 16-17), do jornalista Christopher Hitchens.

Note que 'pensamento positivo' é a tradução (sempre difícil) do termo 'wish-thinking' em inglês, que é uma abreviação de 'wishful thinking'. Esse termo significa a formação de crenças e a tomada de decisões baseado naquilo que se deseja que seja verdadeiro, e não de acordo com o que de fato é verdadeiro conforme a razão e as evidências.

Clipe do Dia nº 205



Uma das minhas preferidas do Chico.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Clipe do Dia nº 204



Cazuza na antológica apresentação do primeiro Rock in Rio, em 1985. A canção adquiriu novo significado, afinal no dia seguinte assumiria a Presidência da República o primeiro civil desde 1964: Tancredo Neves.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Clipe do Dia nº 203



Caê na televisão francesa. Disse ele ano passado que só fumou maconha uma vez na vida e não gostou. Ah tá.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Clipe do Dia nº 202



Muito antes do Rage Against The Machine misturar radicalismo de esquerda com rock and roll, havia o MC5.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

As coincidências...


Depois de apresentar a aula 'Respostas imunológicas: Hipersensibilidade e Autoimunidade', o meu sistema imunitário começa a enfrentar um desafio antigênico... Até tomei loratadina, um antihistamínico, achando que era alergia. Bueno, em casa, estou vendo um dos DVDs do 'Como Tudo Começou' com os programas que os comediantes do Monty Python participaram antes de formarem o grupo. Um dos quatro atores do 'At Last The 1948 Show' (que conta com John Cleese e Graham Chapman) é Marty Feldman. O cara tem uma aparência cômica, com olhos esbugalhados devido à... doença de Grave. Uma doença autoimune.

Um esquete que ficou famoso desse programa era o 'Four Yorshiremen'... que os Pythons reencenaram posteriormente.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Clipe do Dia nº 201



Filho do Bob. Dica da Morena.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Clipe do Dia nº 200



Feliz ano novo e muito rock 'n' roll pra gurizada!