quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Clipe do Dia nº 472


Essa música é sensacional. baixão do funk, guitarra voz foda, letra espetacular, metais irados. Anos 70.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Nossa família


The chimpanzee and the human share about 99.5 per cent of their evolutionary history, yet most human thinkers regard the chimp as a malformed, irrelevant oddity while seeing themselves as stepping-stones to the Almighty. To an evolutionist this cannot be so. There exists no objective basis on which to elevate one species above another. Chimp and human, lizard and fungus, we have all evolved over some three billion years by a process known as natural selection. Within each species some individuals leave more surviving offspring than others, so that the inheritable traits (genes) of the reproductively successful become more numerous in the next generation. This is natural selection: the non-random differential reproduction of genes. Natural selection has built us, and it is natural selection we must understand if we are to comprehend our own identities.
- Robert L. Trivers, no prefácio da primeira edição de "O Gene Egoísta" de Richard Dawkins.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Começou


This measure removes state-law prohibitions against producing, processing, and selling marijuana, subject to licensing and regulation by the liquor control board; allow limited possession of marijuana by persons aged twenty-one and over; and impose 25% excise taxes on wholesale and retail sales of marijuana, earmarking revenue for purposes that include substance-abuse prevention, research, education, and healthcare. Laws prohibiting driving under the influence would be amended to include maximum thresholds for THC blood concentration.

Texto da Iniciativa 502 do estado de Washington, aprovada em 6 de novembro de 2012.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A Morena e eu, tão próximos mas tão longe nesse Cosmos



Eu estava vendo o único verbete sobre o tudo da maior enciclopédia conhecida nesse tudo: o Universo. Não é o Guia do Mochileiro das Galáxias, algo próximo mas não tão engraçado, a Wikipedia.

Lendo em inglês, que é a lingua franca atual.

Diz o verbete:

The universe is commonly defined as the totality of existence,[1][2][3][4] including planetsstarsgalaxies, the contents of intergalactic space, and all matter and energy.[5][6]

Fui ver as referências e gostei dessa:

2. ^ "Universe"Encyclopedia Britannica, "the whole cosmic system of matter and energy of which Earth, and therefore the human race, is a part"

Carl Sagan usou um sinônimo: "O Cosmos é tudo o que existe, existiu ou existirá. A mais insignificante contenmplação do cosmos emociona-nos – provoca-nos um arrepio, embarga-nos a voz, causa-nos a sensação suave de uma recordação distante."

Mas tudo isso fica gravemente desfalcado de sentido se meu amor pela Priscilla Casagrande não for correspondido. Até o ateu mais materialista irá concordar que não haveria pecado maior caso isso ocorresse.



P.S. Parabéns pela condecoração, Morena!

domingo, 18 de novembro de 2012

Ternura



Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.

- Vinicius de Moraes

Clipe do Dia nº 471


Baita banda.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Encontro em Bagdá


There was a merchant in Baghdad who sent his servant to market to buy provisions and in a little while the servant came back, white and trembling, and said, Master, just now when I was in the market-place I was jostled by a woman in the crowd and when I turned I saw it was Death that jostled me. She looked at me and made a threatening gesture; now, lend me your horse, and I will ride away from this city and avoid my fate. I will go to Samarra and there Death will not find me. The merchant lent him his horse, and the servant mounted it, and he dug his spurs in its flanks and as fast as the horse could gallop he went. Then the merchant went down to the market-place and he saw me standing in the crowd, and he came to me and said, why did you make a threatening gesture to my servant when you saw him this morning? That was not a threatening gesture, I said, it was only a start of surprise. I was astonished to see him in Baghdad, for I had an appointment with him tonight in Samarra.

- W. Somerset Maugham

Clipe do Dia nº 470



Outra da banda Black...

Monkeys


É, impressionante esses macacos. Dica do Ângelo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Clipe do Dia nº 469


Inacreditável: outra banda com Black no nome que é fodalhona.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Clipe do Dia nº 468


Mat McHugh, tu tá muito devagar.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Clipe do Dia nº 467


"Spiritual roots reggae."

A Era da Empatia



Na tentativa de revelar os elementos mais básicos da empatia, optei por incluir explicitamente os não humanos na discussão. Nem todos os cientistas concordam com isso. Alguns deles fazem como aqueles macacos que tapam a boca e os ouvidos com as mãos assim que alguém menciona a expressão “estados internos” em relação aos animais não humanos. Não há problema algum em descrever o comportamento humano com termos emocionais, acredita-se, mas esse é um hábito que devemos abolir quando se trata dos animais. Muitos de nós consideram isso quase impossível, pela simples razão de que os humanos tendem a “mentalizar” automaticamente. A mentalização oferece um atalho em relação ao comportamento à nossa volta. Em vez de fazermos observações parciais sobre o modo como nosso patrão reage quando chegamos atrasados (ele franze as sobrancelhas, fica com o rosto vermelho, bate na mesa, e assim por diante), integramos todas essas informações numa única avaliação (ele está enfurecido). Tendemos a acomodar nossas observações sobre o comportamento das pessoas aos objetivos, desejos, necessidades e emoções que atribuímos a elas. Isso funciona adequadamente com o nosso patrão (embora pouco melhore a situação), e aplica-se igualmente bem a um cachorro que vem pulando em nossa direção, balançando o rabo, em contraste com outro que rosna para nós com a cabeça  baixa e o pelo eriçado. Dizemos que o primeiro está “feliz”, e o segundo, “bravo”, embora muitos cientistas ridicularizem o emprego desse léxico porque ele implica a atribuição de estados mentais. Eles preferem termos como “brincalhão” ou “agressivo”. Os pobres dos cachorros fazem de tudo para expressar seus sentimentos, enquanto a ciência se enreda em complicados volteios lingüísticos para evitar mencioná-los.
Obviamente, não estou de acordo com essa cautela. Para o darwinista, não há nada mais lógico do que pressupor a continuidade emocional entre o homem e os outros animais. No final das contas, eu acredito que a relutância em falar sobre as emoções dos animais tem menos a ver com a ciência do que com a religião. Isso vale especialmente para aquelas religiões que nasceram isoladas dos animais que se parecem conosco. Com macacos e grandes primatas à sua volta por todo o lado, nenhuma população das florestas tropicais jamais produziu uma religião que situasse os humanos fora da natureza. Da mesma forma, os países do Oriente – como a Índia, a China e o Japão, cercados de primatas nativos – criaram religiões que não estabeleceram fronteiras rígidas entre os humanos e os outros animais. A reencarnação pode ocorrer de muitas formas diferentes: um homem pode retornar como um peixe e um peixe pode transformar-se num Deus. Deuses macacos, como Hanuman, são comuns. Somente as religiões judeo-cristãs colocam o homem num pedestal, afirmando ser ele a única espécie dotada de alma. Não é difícil entender como os nômades do deserto podem ter chegado a ver as coisas dessa maneira. Na ausência de animais que pudessem servir-lhe de espelho, a idéia da exclusividade da espécie humana ocorreu naturalmente a eles, que viram-se como seres criados à imagem de Deus e como a única forma de vida inteligente do planeta. Ainda hoje, estamos tão convencidos disso que procuramos outras formas de vida inteligente apontando nossos poderosos telescópios para galáxias distantes.
A reação dos ocidentais quando finalmente tiveram contato com os animais capazes de colocar essas crenças em cheque é extremamente reveladora. Quando espécimes vivos de grandes primatas foram exibidos pela primeira vez, as pessoas mal podiam acreditar no que viam. Em 1835, um chimpanzé macho chegou ao zoológico de Londres vestindo um uniforme de marinheiro.  Depois dele foi a vez de uma fêmea de orangotango, apresentada com um vestido.  Ao ver a exposição, a rainha Vitória afirmou que os primatas eram “assustadores, [...] dolorosa e desagradavelmente humanos”. Tratava-se de um sentimento generalizado na época, e ainda hoje eu às vezes encontro pessoas que consideram os grandes primatas “repulsivos”. Por que razão elas reagiriam assim a menos que esses animais lhes dissessem algo a respeito de si mesmos que elas não desejassem ouvir? Quando Charles Darwin, em sua juventude, estudou os mesmos primatas no zoológico de Londres, ele chegou à mesma conclusão que a rainha, mas sem a repugnância experimentada por ela. Darwin considerou que toda pessoa convencida da superioridade humana deveria dar uma espiada nesses primatas.
- Frans de Waal, “A Era da Empatia”, 2009, Companhia das Letras, pp. 290-292.