quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Minuto de Jazz?


Nenhum jazz que se preze dura só um minuto...

Chaplin



Cena de 'City Lights', de 1931. Genial.

Clipe do Dia nº 151



De quando tocar estupidamente bem era mais importante que ter os dentes da frente...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Wander e Creuza



Homenagem a todos casais que estão garantindo a sobrevivência do seu DNA. Detalhe para a bela camisa laranja do Wander, para a barba da Creuza e para os diálogos antológicos.

Clipe do Dia nº 150



Eu vejo aqueles clipes (todos diferentes, mas iguais) da Beyoncé, do Black Eyed Peas, da Pink, do Robbie Williams, do Justin Timberlake, da Rihanna, do Kanye West, da Lady Gaga, do Jay-Z e de todos esses produtos infames com os quais a América polui o resto do mundo e penso: onde foram parar os clipes bons? Um clipe tosco vale muito mais do que mil bailarinos dançando a mesma coreografia em um cenário brilhoso que custou alguns milhares de dólares, e o artista principal no meio pagando de gatão ou gatona. Que coisa tenebrosa virou a cultura pop americana... A Avril Lavigne virou símbolo de "rebeldia", veja você o estado deprimente a que as coisas chegaram.

Jogaço


Que jogo foi esse Inter e Corinthians? O primeiro gol do Tinga foi um adendo à sua vingança contra o Corinthinas por aquele lance em 2005, porque a vingança principal foi ganhar a Libertadores no ano do centenário deles. Já no segundo tempo, um golaço do Jorge Henrique pra empatar a partida. Um pouco depois, cruzamento do D'Alessandro pra cabeçada quase no chão do Alecsandro. Aí, aos 45 do segundo tempo, o Renan me faz uma saída patética numa bola chutada pra cima dentro área, permitindo que um corintiano o encobrisse com uma cabeçada. O Nei até fez uma defesa a la Suarez que lhe rendeu um cartão vermelho, mas o Renan não conseguiu pegar o pênalti. Quando tudo parecia perdido, o Alecsandro me encaixa dois balãozinhos na entrada da área adversária e sofre uma falta aos 48 do segundo tempo. Olhem a foto acima e visualizem o que aconteceu em seguida. E entre tudo isso, ainda tiveram duas bolas do Corinthians na trave, uma bicicleta do Edu, uma chaleira do Leandro Damião e um ótimo chute a gol do Guiñazu.

Pegar a Folha de São Paulo de segunda-feira e ver uma foto do Inter na capa por ter tirado a liderança do asqueroso time do Corinthians já seria alegria futebolística suficiente para a semana, mas além disso o Flamengo se aproxima da zona de rebaixamento e a mula do Everton foi vendida pro Bahia. E o Galo parece que vai seguir os passos do Grêmio e conseguir a façanha do bi-rebaixamento.

sábado, 25 de setembro de 2010

Clipe do Dia nº 149



Olhem para qualquer canteiro da cidade e contemplem os malandros candidatos a malandro federal.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Clipe do Dia nº 148



Duas músicas excelentes do mestre Bob Marley. Trechos apropriados para o dia de hoje:

Running Away - Can't run away from yourself. (...) Ya must have done (must have done), Somet'in' wrong (something wrong).

Crazy Baldheads - We gonna chase those crazy baldheads out of our town.

Baldhead significa 'careca', para quem não sabe.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

The Restaurant Sketch



It's the end!

Malditos ingleses geniais.

Experience The Wonder


Already did. Actually I do it everyday.

Clipe do Dia nº 147



Melhor explicação do que a que já está lá no UstedTube eu não conseguiria escrever: Temazo mítico de los Rolling!

O Profissional


Hoje me lembrei desse filme, que é muito bom. A lembrança da dublagem tosca da Bandeirantes vem junto, mas tudo bem: até isso era legal. Jean Reno e Gary Oldman em um mesmo filme já seriam razão suficiente, porém hoje existe uma terceira razão em retrospectiva: foi o primeiro filme da Natalie Portman. Ela tinha futuro naquela época, hoje ela é um presente. O Rubem Fonseca e a Patrícia Melo devem ter gostado: o protagonista é um matador de aluguel.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Card do Mattäus



Não é que eu consegui achar a imagem do card com a caricatura do Lothar Matthäus...

Clipe do Dia nº 146



Dica da Helena, repassada pela Morena.

Ilha das Flores



Eu vi no cinema, antes de um filme qualquer que eu não me recordo qual é. É uma produção da Casa de Cinema de Porto Alegre, com direção e roteiro do Jorge Furtado e narração do Paulo José. Ou seja, uma coisa bem Porto Alegre. 'Ilha das Flores' foi lançado em 1989: o primeiro ano do PT na prefeitura da capital. O tom esquerdista é perceptível, mas o bom humor salva o filme da chatice. Enfim, um curta que deve agradar todos aqueles com teléncefalo desenvolvido e polegar opositor.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Buffalo Bills


Eu lembro que na primeira metade da década de 1990, a Rede Bandeirantes era "o" canal de esportes. E além de passar jogos do futebol brasileiro (saudoso Sílvio Luiz, o melhor narrador de todos os tempos), eles também transmitiam jogos do campeonato italiano. Acredito que foi por causa disso que os cards do Calcio viraram febre nos colégios do Brasil nessa época. Lembro até hoje do card com a caricatura do Lothar Matthäus vestindo o uniforme da Internazionale. E além disso, eles também transmitiam as finais da NBA e da NFL, nos dando o grande prazer de ver o monstro do Michael Jordan jogar. Claro que eu torcia pro Chicago Bulls, que vestia um uniforme colorado e ganhava sempre.

Não tive tanta sorte no futebol americano... Eu vi alguns Super Bowls e sempre estava lá o Buffalo Bills disputando. No primeiro Super Bowl que eu vi, comecei a torcer pra eles. E não é que os desgraçados perdiam todos? Conseguiram a façanha de perder quatro finais seguidas. Malditos Dallas Cowboys. Os coitados nunca ganharam o Super Bowl, nem antes e nem depois disso. Parece o América de Cali: chegou a quatro finais da Libertadores e perdeu todas.

Graças a 'Bãããn-deirantes, o canal do esporte', até hoje eu sei as regras do futebol americano. Diz o Alemão que rugby é muito melhor que futebol americano, mas desse eu não aprendi as regras ainda...

Clipe do Dia nº 145



A banda do Ron Wood antes dele entrar nos Rolling Stones, e a banda do Rod Stewart antes dele virar um chato.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Clipe do Dia nº 144



Uma revolução que começou por causa da tributação do charque e do couro. Os farroupilhas levaram uma sova dos imperiais: a república não foi estabelecida, a Província de São Pedro permaneceu integrada ao Império e a escravidão não foi abolida. Comemora-se o quê, cara pálida?

Parabéns aos imperiais que nos salvaram do erro do separatismo! Viva o Brasil!

sábado, 18 de setembro de 2010

Sofia Coppola


Sou fã dessa mulher. Já tinha visto o 'Lost in Translation' há alguns anos atrás, vi o 'Marie Antoinette' há alguns meses, e terminei de ver o 'The Virgin Suicides' há poucos minutos atrás. Certamente verei 'Somewhere', que deve chegar ao Brasil no início do ano que vem.

Terra e Lua


Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas, e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros ?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me pressa
A alma, que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética e indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!


Há 33 anos atrás, a primeira foto da Terra e da Lua juntas numa mesma imagem foi obtida pela sonda Voyager. A lua teve que ser artificialmente clareada por um fator de três para que os dois astros pudessem ser vistos claramente na fotografia. Agora não consegui descobrir há quantos anos atrás o Vinicius de Moraes escreveu esse 'Soneto da Lua'.

Saiu na PNAS


A teoria [recalibracional da raiva] propõe que a raiva é produzida por um programa neurocognitivo moldado pela seleção natural para o uso de táticas de barganha para resolver conflitos de interesse em favor do indivíduo raivoso. O programa é desenhado para orquestrar duas táticas de negociação interpessoal (condicionalmente infligir custos e condicionalmente reter benefícios) para incentivar o alvo da raiva a colocar maior peso no bem-estar do indivíduo raivoso. Indivíduos com melhores habilidades em infligir custo (e.g., indíviduos fortes) ou para conferir benefícios (e.g., indíviduos atrativos) têm uma melhor posição de barganha nos conflitos; portanto, foi predito que tais indivíduos terão maior propensão à raiva, prevalecem mais em conflitos de interesse e se consideram qualificados por direito a um melhor tratamento. Essas previsões foram confirmadas. Consistente com uma análise evolutiva, o efeito da força sobre a raiva foi maior para os homens e o efeito da atratividade sobre a raiva foi maior para as mulheres.

Às vezes, a ciência não é tão contra-intuitiva assim.

Fonte: Sell, A, Tooby, J, Cosmides, L (2009) Formidability and the logic of human anger. Proceedings of the National Academy of Sciences, 106(35): 15073-15078.

Clipe do Dia nº 143



Black Crowes, Stereophonics e Jools tocando a irada música 'Twice as Hard', dos primeiros.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Allah bless America... Not!



Há 223 anos atrás, era promulgada a Constituição dos Estados Unidos da América. Desde então, ela tem se mantido praticamente inalterada, afora as vinte e sete emendas constitucionais, das quais somente uma foi derrubada posteriormente: uma evidência indiscutível da solidez das instituições democráticas norte-americanas. E a única a cair foi a 18ª emenda, que proibia a 'fabricação, venda e transporte de lícores intoxicantes'. Conhecida como Lei Seca, ela esteve vigente entre os anos de 1919 e 1933. Demoraram, hein? A Budweiser, a Miller, a Coors e todos americanos bêbados agradecem ao Congresso pela lucidez nessa decisão. Viva a democracia!

Discos da Vida: MTV Unplugged (Alice in Chains)


Grunge é bom demais. Feliz época na qual o rock dominava as paradas de sucesso. E os grunges, além de comporem com maestria músicas barulhentas do tipo quebrar-tudo, também sabiam fazer músicas tranquilas. A prova disso é que várias dessas bandas produziram excelentes discos acústicos, entre eles o MTV Unplugged do Alice in Chains. Ouvi bastante ali pelo final da biologia, na virada de 2007 pra 2008. Comprei o DVD depois de tanto ouvir o disco. Destaque pra faixa 5, 'Down in a Hole'. Sou fã da voz do Layne Staley. Vale a escutada.

Clipe do Dia nº 142



Clipe de altíssima qualidade.

Adaptation and Natural Selection


Existe uma constante produção de livro e artigos que tentam mostrar que a Natureza é, no longo prazo e na média, benevolente e aceitável de acordo com algum inquestionável ponto de vista ético e moral. Por implicação, ela deve ser um guia apropriado para elaborar sistemas éticos e para julgar o comportamento humano. Em alguns casos, parece  que o "ame o próximo como a si mesmo" deverá resistir ou cair conforme o mutualismo ou o parasitismo for o fenômeno mais prevalente. Tentativas de demonstrar a benevolência da Natureza freqüentemente tomam a forma de mudança de nomenclatura. O assassinato de um cervo por leões da montanha significava "a natureza vermelha em dentes e garras" para uma geração de "darwinistas sociais". Para uma geração mais recente, virou a bondade da Natureza em evitar que os cervos se tornem tão numerosos que eles morressem de fome ou doenças. Para o próprio Darwin, existia uma parcamente definida "grandeza" em tais processos. Os fatos simples são que tanto a predação quanto a inanição são prospectos dolorosos para o cervo, e que o destino do leão não é mais invejável. Talvez a biologia poderia ter amadurecido mais rapidamente em uma cultura que não fosse dominada pela teologia judaico-cristã e pela tradição romântica. Ela poderia muito bem ter se servido da Primeira Verdade Sagrada do Sermão em Benares: "O nascimento é doloroso, a velhice é dolorosa, a enfermidade é dolorosa, a morte é dolorosa..." (atribuído a Buda por Burtt, 1955).

Esse livro - 'Adaptation and Natural Selection' escrito pelo biólogo George C. Williams e publicado em 1966 - é um dos melhores livros científicos que eu já li. O que é curioso sob certo ângulo, pois a biologia evolutiva historicamente é dominada por cientistas britânicos, e o mr. Williams é um norte-americano da gema. A ideia-chave defendida pelo livro é aquela que foi levada além por Richard Dawkins no seu 'O Gene Egoísta' de 1976: a seleção natural não atua de modo a promover o bem da espécie, e nem o bem do indivíduo; o sucesso reprodutivo é a única força-motriz da evolução adaptativa.  E é dessa visão que se deriva um ponto de vista pessimista sobre o mundo: contanto que os genes sigam sendo propagados, não 'importa' para a Natureza se sofrimento e dor seguem sendo infligidos nos portadores desses genes, os seres vivos. Pelo contrário até: o sofrimento e a dor evoluíram justamente por seleção natural para que os animais evitassem aquelas situações que colocassem em risco seu sucesso reprodutivo.

Um dia eu li em algum livro que quando um animal - o cervo, por exemplo - está sendo trucidado por predadores, o organismo libera uma carga elevada de endorfina na circulação, de modo que o animal não sente tanta dor enquanto está em vias de morrer. Esse é o tipo de hipótese totalmente em discordância com a teoria da evolução por seleção natural: o que ocorre nos minutos antes de um animal morrer não tem impacto sobre a propagação genética. Por isso, essa informação tem tudo para ser falsa. E a triste realidade é que o pobre do cervo muito provavelmente está sentindo uma dor lancinante enquanto os leões rasgam a sua carne. Buda é quem sabia mais.

Lembrei desse trecho do livro duas vezes nos últimos dias. Primeiro, quando entrei num hospital e fiquei quase depressivo com aquele ambiente emanando doença, dor e morte. Por sorte, eu estava indo na maternidade, mas até quando eu cheguei lá pensei que mesmo o nosso nascimento é permeado de dor e potenciais problemas. De mais a mais, todos nós vamos um dia ter que ir ao hospital por razões diferentes do nascimento de alguma criança, seja o internado nós ou as pessoas queridas por nós.

A segunda vez foi hoje, porque fiquei doente, então - por favor - deem um desconto no tom negativo do post.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Bendita levedura


As ligações químicas dos nutrientes (açúcares, proteínas, lipídios, etc...) contêm energia que o nosso metabolismo pode liberar de modo controlado e converter em outros tipos de ligações químicas. A moeda de energia mais utilizada pelos organismos é o ATP (adenosina trifosfato), e é possível descrever (de modo extremamente simplificado) a nutrição como a conversão da energia das ligações químicas dos nutrientes em ligações do ATP, que podem ser usadas posteriormente para as outras reações metabólicas.

A glicose é um carboidrato de seis carbonos e constitui numa das principais fontes de energia para os seres vivos. Uma molécula de glicose a ser quebrada pode ter basicamente dois destinos no metabolismo celular: (1) na presença de oxigênio, a glicose é encaminhada para a respiração, de modo a produzir um total de 36 moléculas de ATP; ou (2) na ausência de oxigênio, a glicose é encaminada para a fermentação, de modo a produzir apenas 2 moléculas de ATP.

Logo, não é de surpreender que uma célula com suprimento suficiente de oxigênio dê preferência para a respiração em detrimento da fermentação, afinal a primeira tem um rendimento energético muito maior que a segunda. E aqui eu chamo atenção para uma honrosa exceção: nossa querida e amada Saccharomyces cerevisiae (a.k.a. levedura ou fermento biológico), responsável pela produção do pão, do bolo, da cerveja e do vinho de cada dia.

Nossa amiga levedura apresenta o que se chama de efeito Crabtree (fenômeno batizado pelo bioquímico inglês que o descobriu - Herbert Grace Crabtree): o acúmulo de etanol mesmo na presença de oxigênio e sob elevadas concentrações externas de glicose. Ou seja, parece que a levedura está cometendo um grande desperdício ao encaminhar a abundante glicose para a fermentação ao invés da respiração. E o fato parece ainda mais grave quando se leva em conta que normalmente a levedura está competindo pela glicose disponível com microorganismos de outras espécies, os quais não cometem esse desperdício.

Aí é que vem o pulo-do-gato: altas concentrações de etanol são tóxicas para a maioria desses outros microorganismos, mas não para a levedura. Desse modo, é possível explicar esse comportamento da levedura como uma estratégia programada para liberar o etanol no meio externo e assim matar seus competidores. Quando a barra estiver limpa (i.e., toda glicose quebrada e os competidores aniquilados), a marota levedura reabsorve o etanol  produzido por ela e ativa a sua enzima ADH2 (álcool desidrogenase 2), encaminhando o etanol para a respiração via acetaldeído e acetil-CoA.

E graças a essa malandragem bioquímica, nós da espécie Homo sapiens podemos fazer a levedura produzir para nós esse agradável veneno a partir do mosto de um Malbec ou de um belo trigo maltado.

Fonte: Piskur et al. (2006) How did Saccharomyces evolve to become a good brewer? Trends in Genetics, 22(4): 183-186.

Clipe do Dia nº 141



É o blues de rua, o blues-moleque, o blues-arte.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Clipe do Dia nº 140



Ela pegou no meu pau, pôs na boca e depois ficou de quatro...

Poesia pura.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Clipe do Dia nº 139



O melhor filme-documentário musical que eu já vi na minha vida: 'The Kids Are Alright' do fodalhástico The Who.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Rumo ao bi


Convido os amigos colorados a comparecerem na minha casa na tarde do dia 14 de dezembro de 2010, terça-feira, tal qual ocorreu na manhã do dia 13 de dezembro de 2006. (Agora vai ser em HD!)

Clipe do Dia nº 138



Ôôôôô, ô-ô-ôôôôôô, ôôôôôôô-ôôô-ôô-ôôôôôôôôô!

The Good, the Bad and the Ugly


Várias vezes o Judeu citou frases minhas as quais nem eu lembrava de ter dito. Uma delas, quando falávamos de música, era algo do tipo: 'tem uma galera que fica avidamente procurando bandas novas, mas às vezes eu acho que vale mais a pena conhecer a fundo as bandas antigas que tu já acha boa'. Se minha memória não falha, a frase foi dita quando eu tinha recém baixado a discografia dos Rolling Stones (até 1974, porque depois não vale a pena).

Sempre fico pensando nessa galera que fica avidamente procurando filmes novos, enquanto ainda não viram os filmes clássicos do cinema. Eu tenho um plano contínuo para remediar isso, e nesses últimos tempos resolvi me voltar para um gênero que por si só já é clássico: o western. Deve ser influência do Red Dead Redemption (o GTA do Velho Oeste), mas de qualquer forma vi 'Os Imperdoáveis' - um "neowestern" de 1994 - e achei excelente. Então fui mais para trás no tempo, e mantendo a linha Clint Eastwood, baixei o 'The Good, the Bad and the Ugly' do Sergio Leone.

O filme é muito bom. Os três personagens são bem interpretados, as tomadas são longas, alternando entre panorâmicas do deserto e closes nos rostos, e a história diverte. Muito melhor que um robô virando carro e explodindo meia cidade é o Clint Eastwood fazendo o papel de fodalhão que fala pouco mas detona a tudo e a todos quando quer desde a década de 1950 até hoje.

 Não sei qual eu baixo agora: tô entre 'The Wild Bunch', 'Once Upon a Time in the West' ou 'The Searchers'.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Discos da Vida: Buena Vista Social Club


O Buena Vista Social Club era um clube de dança e música na Havana da década de 1940. Cinqüenta anos depois do clube ter fechado, o músico cubano Juan de Marcos González e o guitarrista americano Ry Cooder gravaram um disco com alguns dos músicos veteranos que faziam sucesso lá no Buena Vista Social Club de antigamente. O disco virou show e um documentário excelente. Valendo a vida.

Ah: esse disco combina com dia de Sol.

Minha Charlinha


- Tu é guerreira, Priscilla?
- Eu sou guerreira.

Clipe do Dia nº 137



Demora pra começar, mas vale a espera. Música sensacional.

"Jogador sincero"



Sem remorso nenhum, até porque sou contra aquele falso moralismo do 'jogador de futebol ganha demais'.

sábado, 4 de setembro de 2010

Atheism: a rough history of disbelief



Como todo mundo já deve saber, sou um ateu convicto. Todas religiões não fazem o menor sentido pra mim, no sentido em que exigem que se acredite no inacreditável: almas imateriais, virgens tendo filhos, reencarnação, pessoas ascendendo aos céus, e principalmente aquela figura fugidia que teria criado o Cosmos em toda a sua grandeza e imensidão mas tem uma paradoxal preocupação exclusiva com os membros da espécie Homo sapiens. Essa figura impalpável (ela teima em se esconder) também supostamente é bondosa, mas exige constantes demonstrações de submissão e adoração à sua pessoa pelos membros da espécie Homo sapiens, caso contrário ela fará a alma imaterial dos rebeldes sofrer eternamente num lugar desgradável chamado inferno. (Isso tudo segundo seus porta-vozes terrenos, pois ela mesma nunca se dignou a vir aqui pessoalmente pra botar ordem nesse pardieiro, vulgarmente conhecido como sua criação.) Uma figura prepotente e mesquinha do meu ponto de vista.

Enfim, toda essa digressão para recomendar o excelentíssimo documentário da BBC escrito e apresentado pelo diretor e escritor de teatro Jonathan Miller chamado 'Atheism: A Rough History of Disbelief'. O programa é dividido em três partes de uma hora cada e procura delinear a história do ateísmo no pensamento ocidental, iniciando (sempre eles) pelos gregos até os dias atuais. É um programa bem produzido e que trata de modo inteligente e não-ofensivo sobre um tema ainda polêmico para a maioria das pessoas. Dá pra ver pelo Google Videos em inglês, ou baixar os arquivos e as legendas pra ver em português.

Clipe do Dia nº 136



Edward Sharpe And The Magnetic Zeroes cantando 'Janglin', 'Home' e '40 Day Daydream'. Dica do Guima. E depois de ter feito o Stein entrar numa festa do DAIB, fiz ele viciar numa banda daibeira. Vou atualizar no meu Lattes.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Clipe do Dia nº 135



Ela é guardiã do meu ingresso já comprado.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Clipe do Dia nº 134




'None shall escape this judgement' do Johnny Clarke. A voz do cara é muito boa.