sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mazembe versus Pachuca


Quartas-de-final na chave pelo lado do Colorado: o Mazembe, campeão africano, contra o Pachuca, campeão da CONCACAF (Américas do Norte e Central).

O Mazembe vem do Congo, um daqueles países subsaarianos em que os caras brincam de ter melanina. Mesmo que queiramos desacreditar os estereótipos, não adianta: todos times africanos sempre parecem o mesmo... Uns caras parrudos com muita força física e muito fôlego, mas uma mediana habilidade com a pelota. Agora o mais típico dos africanos é aquela atitude despretensiosa e fanfarrona, que invariavelmente acaba custando a vitória ao time. Talvez se eles fossem um pouco mais aplicados, poderiam até fazer alguma frente aos times bons (leia-se europeus e sul-americanos). O festival de penteados bizarros e a torcida incomodando foi uma reprise inevitável da Copa da África do Sul que ocorreu no meio do ano (por sorte, não tinham vuvuzelas, mas a fanfarra com músicas repetitivas durante o jogo inteiro quase foram um substituto à altura).

Já o Pachuca vem do México, um país muito simpático, principal fornecedor de mão-de-obra ilegal para o Império Ianque e com um povo fanático por futebol. O que é um fato muito curioso, considerando que os times mexicanos (a seleção nacional inclusive) teimam em serem ruins. Às vezes, dão um pequeno susto (lembro da linda eliminação do Flamengo pelo América do México em pleno Maracanã pela Libertadores em 2008), mas não passa muito disso. Taça que é bom, eles só ganham lá na CONCACAF. E o Pachuca foi aquele time que levou um sacode do Inter na Recopa em 2007 (sim, contradizendo minha frase anterior, o Pachuca foi campeão da Sul-Americana em 2006).

Logo, essa partida era similar à final da Copa do Mundo desse ano entre Espanha e Holanda: dois times com fama, histórico e alma de perdedor. Se fosse possível, teríamos que declarar dois derrotados ao final do jogo. Como o futebol não permite isso, o Mazembe conseguiu um gol no primeiro tempo (boa jogada, por sinal) e de resto correu muito, trombou bastante e baixou o sarrafo nos chicanos. O Pachuca seguiu à risca a mística mexicana e não conseguiu fazer nada para reagir (ok, eles até conseguiram duas bolas na trave). A figura do jogo certamente foi o goleiro Kidiaba, com seu tique de piscar os olhos, sua defesa destemida e a comemoração caótica. Mazembe 1 a 0: Colorado pega mais uma vez um time africano na semi-final.

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