segunda-feira, 14 de julho de 2014

É tetra


A Argentina perdeu, nos livramos de uma flauta eterna e nunca mais precisaremos escutar a "Brasil, decime que se siente".

"Le romperon con siete y hacen barra a Alemania", escutei um argentino gritar para um brasileiro que o provocava quando eu chegava a pé de volta em casa. Como se os argentinos não fossem fazer exatamente o mesmo nessa situação.

Como eu já disse antes, a rivalidade demanda proximidade para prosperar. Brasil e Alemanha são disparados os times com os melhores resultados e números na história da Copa do Mundo, sendo que a Itália figura em um distante terceiro lugar. Sob este ponto de vista, a Alemanha é o verdadeiro rival do Brasil e já merecia ter sido tetracampeã antes da Itália.

Ainda que o Brasil siga com o maior número de títulos, a Alemanha alcançou marcas notáveis nesta Copa do Mundo: chegou a 8 finais disputadas (contra 7 do Brasil e 6 da Itália), agora tem o maior artilheiro na história das Copas (16 gols do Klose contra 15 do Ronaldo) e foi a primeira seleção europeia a levantar a taça na América (uma resposta ao Brasil, o primeiro e único sul-americano a ganhar na Europa, em 1958).

Eu diria que uma nova vitória alemã na Rússia, em 2018, consumará a virada histórica e resultará na coroação de um novo rei das Copas.

Terei duas seleções para secar na próxima Copa.

Mas a grande alegria mesmo para os brasileiros seria a nossa Seleção e a CBF saírem das mãos dos Havelanges, Teixeiras, Marins, Del Neros e Marinhos.

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