sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Fanatismo



Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!"

- Florbela Espanca

3 comentários:

Pree disse...

TE AMO CADA DIA, HORA, SEGUNDO MAIS MAIS E MAIS E MUITO MAIS!

TUA!

Luiz Augusto disse...

Esse poema já ESPANCA por si! A versão musicada do Fagner tb comanda!

Vinicius disse...

O sobrenome da gaja não era à toa.