Black Keys lançou disco novo este mês. Vamos ver. Eu acho que eles andam piorando a cada disco, e mesmo assim seguem melhores que a maioria das bandas por aí.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Clipe do Dia nº 313
Black Keys lançou disco novo este mês. Vamos ver. Eu acho que eles andam piorando a cada disco, e mesmo assim seguem melhores que a maioria das bandas por aí.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Clipe do Dia nº 307
Tô torcendo pro Jai Al-Attas conseguir logo vender as camisetas e juntar a grana pra poder lançar o 'One Nine Nine Four'.
domingo, 11 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Clipe do Dia nº 303
No dia 04 de abril de 2012, muito pouco provavelmente em homenagem ao 103º aniversário do Sport Club Internacional, tocarão na Argentina Arctic Monkeys e Foo Fighters.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
Clipe do Dia nº 300
A mais nova banda incrível da Suécia. Dois discos até agora: um auto-intitulado de 2007 e 'Hisingen Blues' de 2011. Ambos incríveis.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Clipe do Dia nº 299
Pearl Jam fez miséria no palco do Zequinha (gostei do estádio também, quando o Inter jogar lá ano que vem, eu vou). Ontem vi o Alice In Chains pela TV tocando no SWU: o vocalista mudou, mas a banda continua interessante. E o Dave Grohl eu ainda verei ao vivo.
Longa vida ao grunge!
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Clipe do Dia nº 297
Eu tinha me equecido que essa banda era tão foda. Baita letra. Falando nisso, nessa sexta-feira vou poder marcar 'Pearl Jam' na minha lista. Os que ainda espero marcar na lista um dia (não necessariamente nessa ordem):
- Bad Religion
- Rancid
- Foo Fighters
- Red Hot Chilli Peppers
- Black Rebel Motorcycle Club
- Queens of The Stone Age
- Eagles of Death Metal
- Arctic Monkeys
- Black Keys
- Eric Clapton
- Hoodoo Gurus
- Radio Moscow
- Supergrass
- Weezer
- Been Obscene
- Sonic Youth
- Kings of Leon
- Misfits
- Rolling Stones
- Jack Johnson
- Bob Dylan
- BB King
- Paulinho da Viola
- Chico Buarque
- Caetano Veloso
- Gilberto Gil
- Cigar
- Stooges
- Pennywise
- D4
- Wolfmother
- John Butler Trio
- Dinosaur Jr.
- Kasabian
- Los Hermanos
- Natural Child
- Rage Against The Machine
- Strange Boys
E mais esses três, que não sou tão fã quanto as de cima, mas entram pela boa propaganda de quem já foi. Até porque tem bandas que se gosta de escutar, mas ao vivo não é tão bom. E vice-versa.
- Franz Ferdinand
- Gogol Bordello
- Hives
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Clipe do Dia nº 295
Eric Clapton vestindo a roupa de passar o domingo esmirilhando ao vivo sua guitarra, e junto dele somente a sua banda. Compare com qualquer show de um artista pop: roupas escalafobéticas, quinhentos dançarinos, coreografias que sempre parecem a mesma no final... muito visual, pouca música.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Clipe do Dia nº 293
Ontem cometi o erro de comprar um livro chamado "Religião para Ateus", do Alain de Botton. Já havia lido o nome desse cara em alguns outros livros os quais me pareceram ser "livros de filosofia pop superficial com toques de auto-ajuda". Mas enfim, o livro estava barato e logo de cara o autor admite não acreditar em nenhuma religião: a premissa é quais lições podemos tirar das religiões mesmo não acreditando na veracidade delas. Uma premissa interessante, que poderia render um bom livro caso bem realizada. Poderia.
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Silêncio é ouro
Os sábios falam porque têm algo a dizer; os tolos, porque têm que dizer algo.
- Platão
Sua primeira teoria era que, se os seres humanos deixassem de exercitar seus lábios, eles grudariam.
Após alguns meses de observação, encontrou uma outra teoria, que era a seguinte – 'Se os seres humanos não moverem seus lábios, seus cérebros começarão a funcionar.'
- Douglas Adams, em 'O Restaurante no Fim do Universo'
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Clipe do Dia nº 290
A minha preferida do disco novo, que é mais uma lição de como fazer sucesso com elegância.
domingo, 23 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Clipe do Dia nº 287
Comprei esse DVD e jamais me arrependerei. Comprarei o BluRay provavelmente, e o que vier depois também.
sábado, 15 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Clipe do Dia nº 284
Que qui cê me diz disso? O que tava falando, você ouviu o que eu tava falando? (Como diria a Dona Máxima.)
Minha camiseta branca dos Beatles
Gosto demais dessa camiseta por diversos motivos. O primeiro é que é uma camiseta branca: simples e normal, como as roupas boas devem ser. Depois porque é dos Beatles, sem sombra de dúvida a banda mais incrível que já existiu (como eu gosto de frisar, "tudo aquilo em sete anos") e - a justiça se faz presente às vezes - é a banda mundialmente mais conhecida e reconhecida de todas - conhecida pela avó, pelo piá, e por todos os outros com idade entre as deles. E aí vem outra coisa legal dessa camiseta. Não está escrito em lugar algum: "Beatles" - é só a versão homem-invisível-com-cabelos dos quatro. E ainda assim, todo mundo vê ali qual que é o John, e qual deles é o Paul, o Ringo e o George. Ícones do Ocidente, esse lado do mundo que defende o direito ao prazer, à liberdade e ao rock and roll. Por fim, obviamente, gosto dessa camista porque ganhei dela. E num fim de semana 'dimoais', até porque melhor companhia de viagem não há.
Post scriptum. Uma camiseta branca, ouvindo Beatles e viajando com ela. Sounds like paradise.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Clipe do Dia nº 279
No dia 28 de setembro de 1991, a turnê Monsters of Rock - contando com Metallica, AC/DC e Pantera - chegava à Moscou, ainda capital da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
'Creeping Death' foi o que a URSS sofreria três meses depois, quando no Natal daquele mesmo ano a bandeira rubra da foice e do martelo amarelos era descida para nunca mais subir no mastro do Kremlin.
Menos de dez anos depois, o espírito comunista voltaria para se vingar, quando o Napster assombrou os sonhos capitalistas de Lars Ulrich.
O Napster minguou, mas a Internet é como a Hidra de Lerna: corta-se uma cabeça, e nascem outras.
http://thepiratebay.org/torrent/3974193/Metallica_Discography___320Kbps
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Earthrise
'Earthrise' (em uma tradução livre, 'Nascer da Terra') é o nome da imagem da NASA de código AS8-14-2383, tirada pelo astronauta William Anders durante a missão Apollo 8, a primeira viagem tripulada a orbitar a Lua.
Na edição '100 Photographs that Changed the World' da Life, o fotógrafo de vida selvagem Galen Rowell classificou a 'Earthrise' de "a mais influente fotografia ambientalista já tirada".
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Clipe do Dia nº 276
Ontem a MTV passou o documentário 1991: The Year Punk Broke, com várias músicas do Sonic Youth, Dinosaur Jr., Nirvana, Mudhoney e Ramones. De vez em quando até se consegue escutar alguma música na MTV.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Clipe do Dia nº 275
Uma das minhas últimas descobertas, da linhagem do Pavement e Dinosaur Jr. (eu achei, pelo menos).
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Clipe do Dia nº 273
I've got a problem and I don't know what to do
I get molested by the people who believe
They run around and bother everyone they see
Somebody stop them I don't care what it takes
Please leave me alone
Please leave me
I'm tired of the believers
I'm tired of listening to them talking of heaven
I'm tired of the believers
I'm tired of listening to their endless boring song
You'll be happy come get salvation
(I'll be happy when I smash your face in)
I take a step and then I hear the little bells
Some bald fanatics try to make me buy their books
I take another step and hear the tambourine
If you're a good boy you won't end up in hell
domingo, 28 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
In The Fall
http://vimeo.com/27582815
Irado. Gostei do detalhe da máquina de escrever virando um monitor, e depois um monitor tela plana.
Irado. Gostei do detalhe da máquina de escrever virando um monitor, e depois um monitor tela plana.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
sábado, 6 de agosto de 2011
Clipe do Dia nº 271
O primeiro clipe do Metallica que eu vi, no tempo em que havia música boa no Disk MTV.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Eliminatórias da Copa do Mundo
E foi dada a largada para a Copa do Mundo no Brasil em 2014! Haja coração!
Israel versus Palestina.
Sérvia versus Montenegro.
Israel versus Palestina.
Sérvia versus Montenegro.
Clipe do Dia nº 270
É sempre bom reescutar Hellacopters. O solo de guitarra nessa música, por exemplo, é uma beleza.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Suco de caju, amiguinho?
But the fact that some geniuses were laughed at does not imply that all who are laughed at are geniuses. They laughed at Columbus, they laughed at Fulton, they laughed at the Wright Brothers. But they also laughed at Bozo the Clown.
- Carl Sagan
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Fobias
Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos), acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treiskaidekafobia (medo do número 13), mas o pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa. Na falta dela, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham “Frio” e “Quente” escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a minha salvação, embora não no modo pretendido. Nada como um best-seller numa hora dessas. A Bíblia tem tudo para acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes personagens, romance, sexo em todas as suas formas, ação, paixão, violência, – e uma mensagem positiva. Recomendo “Gênesis” pelo ímpeto narrativo, “O cântico dos cânticos” pela poesia e “Isaías” e “João” pela força dramática, mesmo que seja difícil dormir depois do Apocalipse.
Mas e quando não tem nem a Bíblia? Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
– Desculpe, cavalheiro, mas o hotel não fornece companhia feminina...
– Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
– Infelizmente, não tenho nenhuma revista.
– Não é possível! O que você faz durante a noite?
– Tricô.
Uma esperança!
– Com manual?
– Não.
Danação.
– Você não tem nada para ler? Na bolsa, sei lá.
– Bem... Tem uma carta da mamãe.
– Manda!
(VERISSIMO, Luis Fernando. Banquete com os deuses: cinema, literatura, música e outras artes.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)
quarta-feira, 6 de julho de 2011
sábado, 25 de junho de 2011
Clipe do Dia nº 267
Excelente o documentário sobre o Foo Fighters, 'Back and Forth'. Melhor ainda esse último disco deles.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Memória
We remember about
10% of what we read,
20% of what we hear,
30% of what we see,
50% of what we see and hear,
70% of what is discussed with others,
80% of what we experience personally,
90% of what we teach to someone else.
- William Glassner
terça-feira, 7 de junho de 2011
Cama
No solemos prestar la debida atención al importante papel que la cama juega en nuestras vidas. Nacemos en una cama y morimos en otra, y la mitad de nuestra existencia transcurre dentro de ella. La cama cobija nuestras enfermedades, es el nido de nuestros sueños, el campo de batalla del amor. Es nuestro espacio más íntimo, la guarida primordial del animal que llevamos dentro.
- Rosa Montero
terça-feira, 31 de maio de 2011
Morre, diabo!
Seria uma excelente notícia se esse câncer aí fosse extirpado do futebol. E já podia levar junto com ele o Ricardo Teixeira.
sábado, 28 de maio de 2011
Clipe do Dia nº 262
Saldo dos shows da semana: Mat McHugh (do The Beautiful Girls) e Donavon Frankenreiter foram muitíssimo melhores que o tal de Sublime with Rome.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
sexta-feira, 13 de maio de 2011
terça-feira, 3 de maio de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Clipe do Dia nº 258
Been Obscene é stoner rock da Áustria! Primeira descoberta no Creative Music Reference do Facebook.
terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
República já!
Tendo em vista uma certa comoção causada pela expectativa relativa ao casamento do príncipe William, esse blog acha oportuno manifestar seu humilde apoio à causa republicana no Reino Unido. E admito que um certo otimismo quase toma conta da minha pessoa ao concluir que o Brasil é mais avançado em alguma coisa do que o Reino Unido, o Canadá, a Austrália, a Suécia, a Dinamarca, a Espanha, a Nova Zelândia, a Bélgica, o Japão, a Holanda e a Noruega.
http://www.republic.org.uk/
Clipe do Dia nº 254
Trilha da peça de balé 'O Quebra-Nozes', composta por Pyotr Ilyich Tchaikovsky.
Disney comanda.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Clipe do Dia nº 253
Andrio Maquenzi, o vocalista da Superguidis, da Estação Segunda das Barcas e da Mocidade Deísta do Caos.
Guardião Universal
Já que o Mineiro comentou, segue a outra pérola.
1. O original...
2. A trilha sonora do carnaval
1. O original...
2. A trilha sonora do carnaval
quarta-feira, 20 de abril de 2011
King Size
Legal é ver na ordem.
1. O original...
2. A busca pelo king size
3. No apartamento do king size
4. A trilha sonora do carnaval
1. O original...
2. A busca pelo king size
3. No apartamento do king size
4. A trilha sonora do carnaval
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Clipe do Dia nº 252
The Beautiful Girls pode ser definido grosseiramente como um Jack Johnson da Austrália.
sábado, 16 de abril de 2011
Clipe do Dia nº 251
No dia 6 de junho será lançado o novo disco do Arctic Monkeys chamado 'Suck It And See'. Josh Hommes participou, logo o álbum tem probabilidade altíssima de ser sensacional. Aqui nesse link tem outra música do disco.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
quinta-feira, 14 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Clipe do Dia nº 248
A Igreja Ortodoxa Africana canonizou John Coltrane.
Duvido que as outras igrejas tenham um santo que toque tão bem o saxofone.
sábado, 9 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Maîtresse, embrasse-moi, baise-moi, serre-moi
Maîtresse, embrasse-moi, baise-moi, serre-moi,
Haleine contre haleine, échauffe-moi la vie,
Mille et mille baisers donne-moi je te prie,
Amour veut tout sans nombre, amour n'a point de loi.
Poesia de Pierre de Ronsard (1524–1585), le "prince des poètes et poète des princes". Pra ela treinar o francês, porque o meu é praticamente nulo.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Clipe do Dia nº 244
Radio Moscow, cujo primeiro disco foi produzido por Dan Auerbach (o mais novo candidato a Midas da música).
terça-feira, 5 de abril de 2011
Ovos primeiro
Chamou nossa atenção que a famosa questão 'Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?' segue sem resposta, apesar dos recentes avanços em biologia comparativa que fornecem a metodologia para resolver esse problema. Uma abordagem usada na biologia comparativa moderna envolve examinar a distribuição do caractere em grupos de nível taxonômico similar a fim de determinar, entre outras coisas, se aquele caractere surgiu de novo em um grupo particular ou se já estava presente nos ancestrais daquele grupo (veja Ref. 1 para uma discussão ampla sobre o método comparativo e suas aplicações). Este método, portanto, é idealmente apropriado para investigar se o ovo ou a galinha veio primeiro.
Fig. 1. Filogenia resumida (baseada na classificação de Romer – Ref. 2) de répteis e aves mostrando a posição filogenética das galinhas e a presença de ovos.
Para se empregar o método comparativo, uma filogenia confiável dos grupos de interesse é necessária. Tem sido aceito pelo menos desde os anos 1960 que as aves e outros répteis formam um grupo monofilético, com aves e crocodilianos representando o clado mais recentemente derivado daquele grupo (veja Ref. 2). Oviparidade é o mais comum e amplamente distribuído modo reprodutivo encontrado em répteis e aves, e portanto deve ser considerado o estado ancestral do caractere para o grupo inteiro (veja Fig. 1). Ovos, portanto, claramente vieram antes das galinhas.
Jacqui A. Shykoff
Laboratoire d’Evolution et Systématique
CNRS URA 2154, Université de Paris-Sud,
Bât. 362, F-91405 Orsay Cedex, France
(shykoff@psisun.u-psud.fr)
Alex Widmer
Geobotanisches Institut der ETH-Zürich,
Zollikerstr. 107, 8008 Zürich, Switzerland
Laboratoire d’Evolution et Systématique
CNRS URA 2154, Université de Paris-Sud,
Bât. 362, F-91405 Orsay Cedex, France
(shykoff@psisun.u-psud.fr)
Alex Widmer
Geobotanisches Institut der ETH-Zürich,
Zollikerstr. 107, 8008 Zürich, Switzerland
References
1 Harvey, P.H. and Pagel, M.D. (1991) The Comparative Method in Evolutionary Biology, Oxford University Press
2 Romer, A.S. (1966) Vertebrate Paleontology, University of Chicago Press
2 Romer, A.S. (1966) Vertebrate Paleontology, University of Chicago Press
(Tradução de uma carta realmente enviada para um periódico científico: Shykoff JA, Widmer A (1998) Eggs first. Trends in Ecology and Evolution, 13(4): 158.)
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Clipe do Dia nº 242
Lembro que há um bom tempo atrás eu li uma reportagem em algum site de música sobre os Hellacopters que os definia da seguinte maneira: "a banda que vai fazer você ter vontade de deixar seu cabelo crescer de novo."
Semana passada, lendo sobre o Black Keys me deparei com a seguinte frase: "I love the 'holy shit' moment when I come across an exceptional band."
sexta-feira, 1 de abril de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
sábado, 26 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
Parlamentarismo
Escolher o político em que votar está mais díficil a cada eleição que passa. Eu me abstive de votar no plebiscito das armas: fiquei realmente em dúvida em qual lado votar. Agora nesse plebiscito que aconteceu em 21 de abril de 1993 eu teria votado com a maior convicção em uma república parlamentarista. Infelizmente, venceu a nossa mania de imitar os Estados Unidos...
terça-feira, 22 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
sexta-feira, 18 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
A democracia corrompe?
A presidenta Dilma Rouseff tornou-se a sexta pessoa a assumir a presidência da República desde o fim da ditadura no Brasil. Todos os mandatários anteriores testemunharam em seus governos pelo menos um escândalo de corrupção perpetrada por membro do alto escalão do Poder. E não é tão raro quanto deveria ser ouvir alguém diante de nova notícia de corrupção clamando pela volta de uma ditadura. Será que o governo se tornou mais corrupto após a redemocratização?
Em primeiro lugar, é importante chamar atenção para um fato óbvio: a censura sobre a sociedade em geral e sobre os meios de comunicação em particular impedia uma ampla divulgação de quaisquer casos de corrupção que viessem a ser descobertos. A corrupção, que vira escândalo ao parar em todos os jornais nos dias de hoje, era rapidamente abafada pela repressão na ditadura: a sociedade nem tomava conhecimento sobre o ocorrido.
Além disso, é da natureza do governo democrático impingir transparência e publicidade aos seus atos, o que facilita, e muito, a fiscalização em busca de desvios éticos. E um número de entidades, tais como o Ministério Público e os órgãos de imprensa, submetem o governo a intenso e contínuo escrutínio de suas atividades, o que aumenta drasticamente a probabilidade de detecção de casos de corrupção, os quais passariam batidos em uma ditadura.
Portanto, o que parece à primeira vista um aumento na corrupção, é na realidade a feliz consequência de princípios democráticos em ação: a liberdade de imprensa, a transparência na gestão pública e a fiscalização constante sobre o Poder Público. A corrupção que antes ficava restrita ao conhecimento de alguns, hoje frequenta os nossos jornais; e esse é o melhor modo de combater a corrupção em nosso país.
(Redação cujo tema era 'A corrupção no Brasil'.)
terça-feira, 1 de março de 2011
Clipe do Dia nº 225
Eu não gosto de padre
Eu não gosto de madre
Eu não gosto de frei.
Eu não gosto de bispo
Eu não gosto de Cristo
Eu não digo amém.
Eu não monto presépio
Eu não gosto do vigário
Nem da missa das seis.
Não! Não!
Eu não gosto do terço
Eu não gosto do berço
De Jesus de Belém.
Eu não gosto do papa
Eu não creio na graça
Do milagre de Deus.
Eu não gosto da igreja
Eu não entro na igreja
Não tenho religião.
Não!
Não! Não gosto! Eu não gosto!
Não! Não gosto! Eu não gosto!
(Os Titãs foram bons já.)
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Clipe do Dia nº 222
Trilha para ver as cenas psicodélicas, coloridas e viajantes no início do 'Enter The Void'. Diz a Wikipedia que se basearam no trabalho do botânico Edouard Marie Heckel para fazer aquelas cenas.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Enter The Void
Um tour de force cinematográfico. Vale a pena ver por causa do estilo narrativo, da pira estética e tudo o mais, porém eu achei o filme anterior do Gaspar Noe melhor ('Irreversível').
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Edward Hopper
Li hoje na Veja (o semanário fascista) sobre uma exposição do Edward Hopper... em Nova Iórque. É brabo morar na periferia. A pintura aí de cima é 'Gas', de 1940.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Clipe do Dia nº 219
Eles vêm tocar em Porto Alegre. É mais uma daquelas bandas engajadas contra tudo, mas que tem um contrato com a RCA, que é da Sony. Enfim, esse clipe me lembrou a Mafalda descrevendo o cassetete de um policial como uma 'maquina de borrar conciencias'.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Astrologia
Logo abaixo, posto um texto que eu resumi de outros textos no ano passado , antecipando o frenesi que tomou conta de imprensa e da comunidade astrológica no mês passado (só atualizei alguns dados). A manchete da notícia sensacionalista afirmava que havia um novo signo no zodíaco: Serpentário. Notícia? Só para os preguiçosos seguidores da astrologia, que não se dão o trabalho de se informar sobre seu passatempo inútil: desde 1930, quando a International Astronomical Union redefiniu as fronteiras das constelações, já se podia afirmar que o zodíaco consistia de treze signos. Isso sem considerar que Ptolomeu, na sua obra Almagest do século II, já havia identificado a constelação de Serpentário como pertencente ao zodíaco. Até mesmo um astrólogo já defendia um zodíaco de treze signos desde 1995: Walter Berg no livro 'The 13 Signs of the Zodiac'.
A astrologia é um tipo de adivinhação desenvolvido por diferente culturas no qual a posição relativa dos corpos celestes supostamente fornecem informações sobre a personalidade de uma pessoa e sobre os afazeres humanos em geral. Por exemplo, a astrologia de horóscopo afirma que a posição relativa dos corpos celestes na hora do nascimento de uma pessoa determina traços da sua personalidade, basicamente reduzindo toda a gama de variação psicológica humana a doze estereótipos pré-fabricados. Enfim, a astrologia foi desenvolvida antes de obtermos uma série de conhecimentos científicos sobre o funcionamento do Universo, e existem inúmeras e convincentes razões para acreditar que os preceitos da astrologia não tem o menor fundamento na realidade. Aqui estão só algumas delas...
Constelações não são uma região do espaço. Quando um astrólogo afirma que "Urano está entrando em Aquário", o que isso quer dizer de fato? Aquário é um conjunto de estrelas, cada uma a uma distância completamente diferente da Terra, e que não têm nenhuma conexão além de constituírem um padrão (bem impreciso, tanto que diferentes culturas estabeleceram diferentes constelações) quando vistas a partir de um certo lugar do Universo: o terceiro planeta em órbita de uma estrela anã amarela na periferia de uma galáxia em nada especial do ponto de vista cósmico. Uma constelação não é uma região do espaço, não é algo do qual se possa dizer que Urano "está entrando".
A forma de uma constelação é efêmera. Ao contrário do que nossos antepassados acreditavam, as estrelas não estão em posições fixas na abóbada celeste. Todas as estrelas, na realidade, estão se movendo em relação ao Sol, e muitas a uma velocidade de muitos quilômetros por segundo. Contudo, como elas estão muitíssimo longes daqui, são necessários milhares de anos para que qualquer mudança significativa seja notada nos padrões estelares. Portanto, para o período de uma vida humana as constelações até parecem fixas, mas ao longo dos anos elas se alteram drasticamente.
As constelações do zodíaco se alteram devido à precessão axial da Terra. Uma alteração astronômica muito mais rápida que a mudança na forma das constelações é a precessão axial da Terra, isto é: a variação gradual da orientação do eixo de rotação da Terra, semelhante a um peão de brinquedo oscilante (ver figura abaixo). Uma precessão completa leva aproximadamente 26 mil anos. E o que isso tem a ver com o zodíaco? Em astronomia, o zodíaco é o anel de constelações sobre os quais o Sol 'percorre' o seu caminho aparente ao longo de cada ano. A precessão axial causa uma variação no zodíaco, ou seja, o Sol varia o seu 'caminho' ao longo do tempo. Por exemplo, no ano de 2010, o Sol estará 'sobre' Sagitário de 18 de dezembro a 21 de janeiro. Na realidade, o Sol atualmente 'passa' sobre treze, e não doze constelações: caso a astrologia fosse atualizada e não baseada num céu de 2 mil anos atrás, os astrólogos deveriam adicionar o signo de Serpentário (Ophiuchus, em latim).
O Sol fica períodos de tempo diferentes 'dentro' de cada constelação. As constelações do zodíaco não ocupam a mesma área da esfera celeste. A divisão dos signos do zodíaco em 30 dias para cada signo não tem justificativa além da comodidade ou da ignorância. Caso você não tenha prestado atenção, o período no qual o Sol estará 'sobre' Sagitário em 2010 é de 33 dias. Por exemplo, atualmente a 'duração dos signos' varia de 44 dias (Virgem, 17 de setembro a 31 de outubro) até 18 dias (Serpentário, sim, o 13° signo ignorado pelos astrólogos, de 30 de novembro a 18 de dezembro).
Não existe interação física conhecida além da gravidade que atue de modo significativo a grandes distâncias sobre seres humanos. Quatro interações físicas fundamentais regem o nosso Universo: a força eletromagnética, a força nuclear forte, a força nuclear fraca e a força gravitacional. A força gravitacional é a mais importante interação entre corpos celestes. Primeiro, porque ela tem um alcance infinito, assim como a força eletromagnética. Segundo, porque a força eletromagnética não é relevante entre corpos celestes grandes, simplesmente porque esses corpos contêm números iguais de prótons e elétrons e portanto têm uma carga elétrica total igual a zero. Contudo, a força gravitacional é de longe a mais fraca de todas as interações fundamentais: a força gravitacional de um médico na sala de parto sobre um bebê é muitas vezes maior do que a de todas as estrelas juntas de uma constelação. E o que isso tem a ver com astrologia? Tem a ver porque o fundamento da astrologia é a influência das estrelas e planetas sobre o nosso destino, e a gravidade é a única interação física conhecida pela qual esses astros poderiam influenciar o nosso corpo. Contudo, a força gravitacional que esses astros exercem é negligenciável quando comparada à força gravitacional que a Terra ou a pessoa ao seu lado exercem sobre você. E eu acredito mais na física (que é ciência) do que na astrologia (que é um lixo).
A astrologia é um tipo de adivinhação desenvolvido por diferente culturas no qual a posição relativa dos corpos celestes supostamente fornecem informações sobre a personalidade de uma pessoa e sobre os afazeres humanos em geral. Por exemplo, a astrologia de horóscopo afirma que a posição relativa dos corpos celestes na hora do nascimento de uma pessoa determina traços da sua personalidade, basicamente reduzindo toda a gama de variação psicológica humana a doze estereótipos pré-fabricados. Enfim, a astrologia foi desenvolvida antes de obtermos uma série de conhecimentos científicos sobre o funcionamento do Universo, e existem inúmeras e convincentes razões para acreditar que os preceitos da astrologia não tem o menor fundamento na realidade. Aqui estão só algumas delas...
Constelações não são uma região do espaço. Quando um astrólogo afirma que "Urano está entrando em Aquário", o que isso quer dizer de fato? Aquário é um conjunto de estrelas, cada uma a uma distância completamente diferente da Terra, e que não têm nenhuma conexão além de constituírem um padrão (bem impreciso, tanto que diferentes culturas estabeleceram diferentes constelações) quando vistas a partir de um certo lugar do Universo: o terceiro planeta em órbita de uma estrela anã amarela na periferia de uma galáxia em nada especial do ponto de vista cósmico. Uma constelação não é uma região do espaço, não é algo do qual se possa dizer que Urano "está entrando".
A forma de uma constelação é efêmera. Ao contrário do que nossos antepassados acreditavam, as estrelas não estão em posições fixas na abóbada celeste. Todas as estrelas, na realidade, estão se movendo em relação ao Sol, e muitas a uma velocidade de muitos quilômetros por segundo. Contudo, como elas estão muitíssimo longes daqui, são necessários milhares de anos para que qualquer mudança significativa seja notada nos padrões estelares. Portanto, para o período de uma vida humana as constelações até parecem fixas, mas ao longo dos anos elas se alteram drasticamente.
As constelações do zodíaco se alteram devido à precessão axial da Terra. Uma alteração astronômica muito mais rápida que a mudança na forma das constelações é a precessão axial da Terra, isto é: a variação gradual da orientação do eixo de rotação da Terra, semelhante a um peão de brinquedo oscilante (ver figura abaixo). Uma precessão completa leva aproximadamente 26 mil anos. E o que isso tem a ver com o zodíaco? Em astronomia, o zodíaco é o anel de constelações sobre os quais o Sol 'percorre' o seu caminho aparente ao longo de cada ano. A precessão axial causa uma variação no zodíaco, ou seja, o Sol varia o seu 'caminho' ao longo do tempo. Por exemplo, no ano de 2010, o Sol estará 'sobre' Sagitário de 18 de dezembro a 21 de janeiro. Na realidade, o Sol atualmente 'passa' sobre treze, e não doze constelações: caso a astrologia fosse atualizada e não baseada num céu de 2 mil anos atrás, os astrólogos deveriam adicionar o signo de Serpentário (Ophiuchus, em latim).
O Sol fica períodos de tempo diferentes 'dentro' de cada constelação. As constelações do zodíaco não ocupam a mesma área da esfera celeste. A divisão dos signos do zodíaco em 30 dias para cada signo não tem justificativa além da comodidade ou da ignorância. Caso você não tenha prestado atenção, o período no qual o Sol estará 'sobre' Sagitário em 2010 é de 33 dias. Por exemplo, atualmente a 'duração dos signos' varia de 44 dias (Virgem, 17 de setembro a 31 de outubro) até 18 dias (Serpentário, sim, o 13° signo ignorado pelos astrólogos, de 30 de novembro a 18 de dezembro).
Não existe interação física conhecida além da gravidade que atue de modo significativo a grandes distâncias sobre seres humanos. Quatro interações físicas fundamentais regem o nosso Universo: a força eletromagnética, a força nuclear forte, a força nuclear fraca e a força gravitacional. A força gravitacional é a mais importante interação entre corpos celestes. Primeiro, porque ela tem um alcance infinito, assim como a força eletromagnética. Segundo, porque a força eletromagnética não é relevante entre corpos celestes grandes, simplesmente porque esses corpos contêm números iguais de prótons e elétrons e portanto têm uma carga elétrica total igual a zero. Contudo, a força gravitacional é de longe a mais fraca de todas as interações fundamentais: a força gravitacional de um médico na sala de parto sobre um bebê é muitas vezes maior do que a de todas as estrelas juntas de uma constelação. E o que isso tem a ver com astrologia? Tem a ver porque o fundamento da astrologia é a influência das estrelas e planetas sobre o nosso destino, e a gravidade é a única interação física conhecida pela qual esses astros poderiam influenciar o nosso corpo. Contudo, a força gravitacional que esses astros exercem é negligenciável quando comparada à força gravitacional que a Terra ou a pessoa ao seu lado exercem sobre você. E eu acredito mais na física (que é ciência) do que na astrologia (que é um lixo).
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Creation
Creation
On all the living walls
of this dim cave,
soot and ochre, acts of will,
come down to us to say:
This is who we were.
We foraged here in an age of ice,
and, warmed by the fur of wolves,
felt the pride of predators
going for game.
Here we painted the strength of bulls,
the grace of deer, turned life into art,
and left this testimony on our walls.
Explorers of the future, see how,
when our dreams reach forward,
your wonder reaches back, and we embrace.
When we are long since dust,
and false prophets come,
then don't forget that we were your creators.
So build your days
on what you know is real, and remember
that nothing will keep your lives alive
but art - the black and ochre visions
you draw inside your cave
will honor your lost tribe,
when explorers in some far future
marvel at the paintings on your walls.
Poema do norte-americano Philip Appleman, em homenagem ao descobridor da Gruta de Lascaux, Marcel Ravidat.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Steven Weinberg
O Steven Weinberg é um físico de partículas que já ganhou Prêmio Nobel e tudo. Ele além de escrever incrivelmente bem sobre física, também dá suas opiniões sobre assuntos diversos: guerra nuclear, ciência, sionismo (ele é judeu) e ateísmo (judeu só de etnia, como é agora possível deduzir). Já li o 'Dreams of a Final Theory' e também a sua primeira coletânea de ensaios, 'Facing Up'. Agora estou lendo a sua segunda coletânea de ensaios, 'Lake Views', e estou com o 'First Three Minutes' engatilhado. Segue abaixo a minha tradução de um pequeno artigo dele sobre o estado de Israel, aquele que todos gostam de falar mal.
O maior milagre do nosso tempo é o renascimento da nação judaica em seu antigo lar. E com ele, a transformação de uma paisagem inóspita na adorável terra de Israel, com suas ruas arborizadas, cafés, universidades, povo otimista, suas mulheres libertadas, sua democracia liberal e seu Estado de Direito. O milagre contínuo é a sobrevivência desse restante de um povo amante da vida em uma faixa de terra, apesar dos repetidos ataques de exércitos árabes hostis. Edward Gibbon escreveu sobre a condição dos judeus europeus na Idade Média que, "eles podem ser oprimidos sem perigo, considerando que eles perderam o uso, e até a lembrança de armas." Milagrosamente, no século XX os judeus aprenderam novamente a se defenderem.
Mas apesar de Israel ter sobrevivido, ela enfrenta hostilidade contínua, e não apenas de irredentistas árabes, mas de políticos e empresários que negociam favores com países muçulmanos ricos em petróleo, e de ordinários e obsoletos anti-semitas. O desenvolvimento mais terrível do nosso tempo, com relação a Israel, é a conversão mundial de muitos dos meus companheiros intelectuais liberais – acadêmicos, artistas, escritores, líderes trabalhistas, clero "iluminado" – ao ódio irracional de Israel, a única democracia liberal no Oriente Médio e o único país da região no qual qualquer um de nós suportaria viver. Eles sentam em fóruns mundiais, estranhamente denunciando Israel como o pior violador dos direitos humanos, a maior ameaça à paz mundial. Eles exigem que Israel suspenda os pontos de controle e muros e suas outras tentativas de salvar vidas judias. Os participantes mais vergonhosos em tudo isso são judeus e "liberais" israelenses, correndo para mostrar ao mundo que eles não são maus judeus, mas bons, mais anti-Israel que vocês.
O motivo causador declarado para essa hostilidade é a suposta "ocupação" da terra palestina. Freqüentemente tomando a forma de uma exigência que Israel retorne às suas fronteiras de 1967. Israel já fez um retiro completo da Faixa de Gaza e passou a maioria da Cisjordânia para a Organização para a Liberação da Palestina (OLP). Realmente alguém pode acreditar que retirar todos judeus de uma pequena área restante que eles habitam e cessar as patrulhas militares israelenses na Cisjordânia irá trazer paz? O Hamas, o Hezbollah e seus patronos em países muçulmanos, como o Irã, deixaram claro que eles não ficarão satisfeitos com nada além da aniquilação de Israel. Os supostos "moderados" na OLP e em alguns países muçulmanos agora aceitam a existência de Israel, mas qual linha eles tomariam caso Israel retornasse às suas estrategicamente vulneráveis fronteiras de 1967? Lembre-se: a OLP foi fundada em 1964, quando nenhuma parte de Gaza ou da Cisjordânia estava em mãos israelenses, e "liberação" só poderia significar a aniquilação de Israel.
A exigência para o retiro total israelense da Cisjordânia não é apenas irrealista – ela é injusta. Países que são atacados, e derrotam seus agressores, não são normalmente culpados se tomam um território do agressor que irá ajudá-lo a se proteger de ataques subseqüentes. Isso é o que a União Soviética fez depois da Segunda Guerra Mundial, quando anexou a Prússia Oriental, e nem mesmo os alemães atualmente a condenam por isso. (É claro, a Rússia não teve problemas em governar os alemães na terra da qual se apoderou, pois os deportou todos.) Segundo esses padrões, Israel merece manter qualquer parte da Cisjordânia que precisar para sua segurança.
E então temos os "liberais" que renegam a legitimidade da própria Israel, e perguntam por que não deveria haver um estado multi-étnico em toda a Palestina sujeito à maioria, que por acaso vem a ser de árabes? Eles ignoram evidências históricas de que os judeus não podem viver livremente em países dominados por árabes. Os judeus que viviam entre árabes foram submetidos a repetidos massacres árabes, como em Hebron em 1929, e onde os judeus foram tolerados em países árabes, eles nunca passaram de cidadãos de segunda classe, um status ditado pelo Alcorão. Os judeus atualmente são proibidos de viver na Arábia Saudita, e tiveram que fugir de outros países árabes. Mesmo que o direito internacional tenha estabelecido toda a Palestina como o lar nacional dos judeus, os britânicos passaram a maioria dela (a parte hoje conhecida como Jordânia) aos hachemitas, aliados da Inglaterra, que não tinham nenhuma ligação com a Jordânia. Mas os judeus têm ligações reais com a Palestina, seu antigo lar, onde milhares de judeus sempre viveram desde os tempos do Império Romano. Mesmo após a entrega da Jordânia, as Nações Unidas votaram pela partição do território restante, deixando apenas metade dele para os judeus. Ainda assim, os judeus aceitaram essa meia faixa de terra e criaram um lindo país.
Vamos, liberais e intelectuais, judeus e gentios, retornar aos verdadeiros valores liberais. Vamos finalmente reconhecer que o ódio ao estado judeu é o ódio aos judeus. Vamos, tanto judeus quanto não-judeus, fazermos o que for possível para proteger os sobreviventes judeus do ódio irracional em seu próprio país.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Akira Kurosawa
Rashomon (1950), Seven Samurai (1954), Throne of Blood (1957) e Yojimbo (1961)... Pronto: viciei nos filmes de samurai do Akira Kurosawa.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Ethics: A Very Short Introduction
Logo abaixo, segue um trecho desse ótimo livro do filósofo Simon Blackburn sobre o relativismo moral. Lembrei da minha discussão com o Mineiro sobre se o Estados Unidos fizeram bem ou não ao tirar o Saddam Hussein do poder lá no Iraque. Eu acho que fez.
We can, of course, insist on our [moral] standards, or thump the table. But while we think of ourselves as doing no more than thumping the table, there will be a little voice saying that we are 'merely' imposing our wills on the others. Table-thumping displays our confidence, but it will not silence the relativistic imp on our shoulders. This is illustrated by a nice anecdote of a friend of mine. He was present at a high-powered ethics institute which had put on a forum in which representatives of the great religions held a panel debate. First the Buddhist talked of the ways to calm, the mastery of desire, the path of enlightenment, and the panelists all said, 'Wow, terrific, if that works for you that's great.' Then the Hindu talked of the cycles of suffering and birth and rebirth, the teachings of Krishna and the way to release, and they all said, 'Wow, terrific, if that works for you that's great.' And so on, until the Catholic priest talked of the message of Jesus Christ, the promise of salvation, and the way to life eternal, and they all said, 'Wow, terrific, if that works for you that's great.' And he thumped the table and shouted, 'No! It's not a question of if it works for me! It's the true word of the living God, and if you don't believe it you're all damned to hell!'
And they all said, 'Wow, terrific, if that works for you that's great.'
The joke here lies in the mismatch between what the priest intends - a claim to unique authority and truth - and what he is heard as offering, which is a particular avowal, satisfying to him, but only to be tolerated or patronized, like any other. The moral is that once a relativist frame of mind is really in place, nothing - no claims to truth, authority, certainty, or necessity — will be audible except as one more saying like all the others. Of course that person talks of certainty and truth, says the relativist. That's just his certainty and truth, made absolute for him, which means no more than 'made into a fetish'.
Can we find arguments to unsettle the relativist's frame of mind? Can we do more than thump the table? If we cannot, does that mean we have to stop thumping it? We return to these questions in the final section of this book. Meanwhile, here are two thoughts to leave with. The first counteracts the idea that we are just 'imposing' parochial, Western standards when, in the name of universal human rights, we oppose oppressions of people on grounds of gender, caste, race, or religion. Partly; we can say that it is usually not a question of imposing anything. It is a question of cooperating with the oppressed and supporting their emancipation. More importantly, it is usually not at all certain that the values we are upholding are so very alien to the others (this is one of the places where we are let down by thinking simplistically of hermetically sealed cultures: them and us). After all, it is typically only the oppressors who are spokespersons for their culture or their ways of doing it. It is not the slaves who value slavery, or the women who value the fact that they may not take employment, or the young girls who value disfigurement. It is the brahmins, mullahs, priests, and elders who hold themselves to be spokesmen for their culture. What the rest think about it all too often goes unrecorded. Just as victors write the history, so it is those on top who write their justification for the top being where it is. Those on the bottom don't get to say anything.
The second thought is this. Relativism taken to its limit becomes subjectivism: not the view that each culture or society has its own truth, but that each individual has his or her own truth. And who is to say which is right? So, when at the beginning of the last section I offered some moral remarks about the Old and New Testaments, I can imagine someone shrugging, 'Well, that's just your opinion.' It is curious how popular this response is in moral discussions. For notice that it is a conversation-stopper rather than a move in the intended conversation. It is not a reason for or against the proffered opinion, nor is it an invitation for the speaker's reasons, nor any kind of persuasion that it is better to think something else. Anyone sincere is of course voicing their own opinion - that's a tautology (what else could they be doing?). But the opinion is put forward as something to be agreed with, or at any rate to be taken seriously or weighed for what it is by the audience. The speaker is saying, 'This is my opinion, and here are the reasons for it, and if you have reasons against it we had better look at them.' If the opinion is to be rejected, the next move should be, 'No, you shouldn't think that because . . . ' That is, an ethical conversation is not like 'I like ice-cream', 'I don't', where the difference doesn't matter. It is like 'Do this', 'Don't do this', where the difference is disagreement, and does matter.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Clipe do Dia nº 215
Baixei os três discos do Arcade Fire por recomendação do Alemão, mas o que eu tô escutando mesmo são os dois primeiros do Arctic Monkeys. Começaram a tocar no WinAmp logo depois do Arcade Fire...
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)