quarta-feira, 3 de março de 2010

Clipe do Dia nº 19



Quando eu tava no 1º grau, e comecei a me interessar de verdade por música eu gostava de rap. Aí comecei a gostar de Planet Hemp também, que misturava um rap com rock e hardcore e serviu como um certo tipo de transição. Minha vida mudou quando o Matheus (Borrão) trouxe o 'Smash' do Offspring pra gente escutar na minha casa. Daquele dia em diante, punk rock era só o que eu escutava. Principalmente punk rock dos anos 90: NOFX, Pennywise, No Fun At All, Less Than Jake, AFI, Ataris, Face to Face, Lagwagon, Blink 182, Goldfinger, Green Day, Bad Religion (esse é um pouco mais antigo na verdade, mas tiveram a fase áurea nos anos 90), o próprio Offspring, etc, etc, etc...

Tive o prazer de ir no show de várias dessas bandas, que não se mixam de vir pra cá pro sul de um país subdesenvolvido e fazer um show por no máximo 60 pila e que quebra tudo. Pode ser o efeito nostalgia (aquele que faz tu amar as coisas da tua infância e adolescência), mas os shows de punk rock são os mais afudê de todos. Lembra um pouco jogo de futebol, no sentido de que é um monte de guri tudo pilhado pelo mesmo motivo. Lembra um pouco aquela lanchonete roots que serve comida boa, porque são shows sem frescura, sem cenografia elaborada, sem show de luzes e fogos de artíficio: afinal o que importa é a música. O resto é perfumaria.

Além disso, as rodas punk permitem uma mobilidade que tu não vê em nenhum show de rock 'tradicional' (quem foi na pista do AC/DC sabe do que eu tô falando): dá pra ir no banheiro, voltar, chegar num canto pra amarrar o tênis, colar lá na frente do palco dum lado, dar uma conferida no palco pelo outro lado, pegar uma ceva no bar, e tudo na tranquilidade. E as rodas punk são muito 'bróder': se alguém cai, logo vem alguém ajudar a levantar. E claro que também tem a endorfina, porque tu fica se quebrando o show inteiro e no final sai todo suado, exausto e estupidamente feliz.

Hoje eu vou me quebrar... Catarse!

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