segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Clipe do Dia nº 11



Quando metade de mim já tinha saído do saco do meu pai e se juntado à outra metade, e ambas já tinham se alojado confortavelmente no ventre da minha mãe, surgiu aquela clássica discussão: "Como vamos chamar o bacuri?" Olhando retroativamente, eu me saí muito bem dessa que é uma das primeiras experiências potencialmente traumatizantes da vida. Perguntem a algumas pessoas de nome bizarro que elas hão de confirmar.

A situação que se configurava era a seguinte... Minha mãe queria Gonçalo, por causa do protagonista do romance "Ilustre Casa de Ramires" do Eça de Queirós. E meu pai queria Luis Eduardo por causa de algum político do PT que até hoje eu nem sei quem é. Ou seja, um nome de boa inspiração mas que me tornaria automaticamente motivo de chacota pro resto da vida; e outro legal mas de inspiração no mínimo dúbia, afinal não consigo pensar em nenhum político que possa ser merecedor de tal homenagem: fornecer o nome pra alguém. Tá, até tem alguns, mas - porra - nome de político?!?! Tanta coisa mais legal por aí.

Enfim, fui salvo pelo gongo por uma proposta de consenso em torno do nome Vinicius, o nome de dois cônsules do Império Romano, mas que na verdade me foi dado em homenagem a Vinicius de Moraes, o Poeta. Percebam a marotagem do Poeta no vídeo acima. Ele que foi auto-entitulado o branco mais preto do Brasil. Me dei bem.

Um comentário:

Pree disse...

Pelo nome já merece respeito...