quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Voltando ao Gigante


COLORADO: Sujeito de alto discernimento espiritual, que prefere torcer por um time de elevados méritos, o Sport Club Internacional, ainda que perdedor.
- Luiz Augusto Fischer


Sou colorado até porque não tinha como ser diferente. Meu vô já fez essa frente, sendo o único colorado entre os irmãos dele. Meu pai também é colorado, e minha vó então é a mais fanática da família. Eu ia direto no Beira-Rio quando era piá levado pelos meus avós (e eles ainda vão). Por sinal, ir ao estádio de futebol quando tu é piá é uma experiência mágica: é tudo grandioso, um monte de gente na mesma vibe, e teus heróis elegantemente vestidos de alvirrubro digladiando logo ali no gramado. E ainda tem cachorro-quente! Foi essa minha vacina contra os magros anos 90, quando um monte de guri cagado virou gremista e deixou de comemorar um título mundial que viria na década seguinte.

Nos últimos meses eu andei meio desligado do Inter. Antes de qualquer coisa, por causa da proibição estúpida de vender cerveja no estádio (muito obrigado, CBF!). Mas também quando o Colorado deu aquela brochada fenomenal no returno do Brasileirão ano passado, eu desisti de ir no estádio. E esse ano eu não tinha ido em nenhum jogo, porque Gauchão é um lixo: não sei porque não terminam com essa palhaçada de Estaduais. E pra piorar mais, inventaram essa bagaceirice de Gre-Nal (o único jogo decente do campeonato) em Erechim. É brabo isso aí, tchê! Enfim, a questão é que eu nem me lembrava a última vez que tinha ido num jogo.

Ontem, óbvio que eu fui: imagina perder algum jogo da Libertadores. Tô loco então! Ainda mais eu que já perdi toda a primeira fase em 2006 porque tava nos EUA. Fiquei ali onde tá marcando a seta vermelha, lá em cima. Fiquei totalmente encharcado com a chuva que caiu no 2o tempo, mas foda-se: o Inter ganhou - de virada ainda - e daí tudo vale a pena. Além disso, foi bom rever uma gurizada que eu não via há tempos.

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